A deputada federal Rosana Valle, do PL-SP, tomou uma atitude firme ao enviar ofícios à Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e ao Ministério da Saúde. A parlamentar busca esclarecimentos sobre uma consulta pública que pode restringir o acesso de mulheres entre 40 e 50 anos a mamografias cobertas por planos de saúde.

A proposta da ANS envolve a possível divulgação de uma "certificação de boas práticas oncológicas", que sugere que os exames de mamografia na rede privada sejam realizados apenas a partir dos 50 anos e com uma frequência de dois em dois anos, ao invés da atual recomendação de realização anual.

Rosana Valle destaca em seus ofícios que diminuir a frequência dos exames e aumentar a idade mínima para a realização da mamografia pode resultar em uma redução significativa no número de procedimentos autorizados pelos convênios de saúde. Isso não apenas compromete a saúde das mulheres, que podem ficar desprotegidas contra o câncer de mama em fases iniciais, mas também atende, segundo ela, aos "interesses econômicos" dos planos de saúde, que buscam cortar custos em procedimentos preventivos.

Dados recentes demonstram que o câncer de mama é o tipo mais diagnosticado entre as mulheres brasileiras, ressaltando a importância de ações de prevenção e diagnostico precoce. A deputada ainda chamou a atenção para a urgência das discussões sobre a saúde feminina e defendeu que todo esforço deve ser feito para garantir acesso universal e justo aos exames necessários, especialmente para as faixas etárias mais vulneráveis.

A pressão sobre a ANS cresce à medida que mais vozes se juntam à causa, e espera-se que as respostas sejam rápidas, visto que cada dia conta na luta contra o câncer.