Saúde

Dengue tipo 3 ressurge após 17 anos e assusta o Brasil: autoridades em estado de emergência!

2025-01-22

Autor: Maria

A dengue tipo 3 voltou a circular com força no Brasil, e a preocupação é palpável. Após um surto devastador em 2024, onde mais de 6,6 milhões de pessoas contraíram a doença e contabilizou-se um alarmante número de 6.068 mortes – mais do que os óbitos causados pela COVID-19 – a população está em estado de alerta.

Em meio a tudo isso, Lia Salomão, moradora de São Paulo, compartilha o desespero vivido pela sua família com a doença, que trouxe não apenas a lúgubre experiência de quase perder entes queridos, mas também sequelas duradouras.

"Hoje posso dizer que estou neurótica; a epidemia de 2024 me deixou com medo constante", revela Lia. Os sintomas não se restringem apenas à febre alta e dores no corpo; a disfunção cognitiva e a perda de cabelo após a infecção são apenas alguns dos efeitos colaterais que afetaram sua família, especialmente sua avó de 91 anos, que enfrenta dificuldades para se hidratar.

Os números assustadores continuam crescendo em 2025, e até meados de janeiro, São Paulo já notificou 43.817 casos de dengue, um aumento de 51% em comparação ao mesmo período do ano anterior, levando a um estado de emergência em várias cidades e à criação de salas de monitoramento para acompanhar a situação epidemiológica.

"O nível de alerta está em seu ápice. Com a introdução do sorotipo dengue 3 no final de 2024, a situação é ainda mais preocupante. O retorno deste tipo de vírus, após 17 anos, significa que a população é em grande parte suscetível ao agravamento da doença", afirma a epidemiologista Regiane de Paula, da Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo.

O fenômeno da co-circulação dos sorotipos da dengue aumenta as chances de complicações graves nos pacientes já infectados, o que pode ser devastador, especialmente para o grupo etário mais vulnerável, que é acima dos 60 anos.

Além do leque de medidas já implementadas, como o uso intensivo de repelentes, a vacinação se torna uma prioridade. No entanto, a única vacina disponível no sistema público, a Qdenga, ainda não atende a demanda de forma significativa, com apenas 9,5 milhões de doses adquiridas para a população, o que é insuficiente, diante do colossal desafio que a epidemia impõe.

A dificuldade se arrasta, uma vez que outras vacinas de imunização, que poderiam compor uma resposta mais robusta, ainda estão em processo de aprovação.

A cada dia, novas estratégias estão sendo adotadas. O uso de drones para identificar focos do mosquito Aedes aegypti, a contenção da água parada e o engajamento comunitário são essenciais, mas a infraestrutura debilitada em diversas áreas complicam ainda mais a situação. Com a falta de água em muitos bairros, a população acaba estocando, criando criadouros para os mosquitos.

Diante deste cenário crítico, soluções inovadoras estão sendo exploradas. O projeto Wolbachia, desenvolvido pela Fiocruz, busca impedir que o Aedes aegypti transmita o vírus da dengue por meio da introdução de uma bactéria que inibe o desenvolvimento do vírus. Essa iniciativa já demonstrou resultados positivos em diversas localidades do Brasil, com reduções significativas no número de casos.

O que se vê é um cenário de guerra contra a dengue, com uma população que não pode mais esperar soluções e um governo que se vê às voltas com a urgência de ações eficazes. Com a doença resurgindo mais forte do que nunca, todos devem agir, e o tempo se esgota!