Saúde

Dengue no Litoral: A Preocupação Que Não Pode Ser Ignorada; A Vacina é Realmente Suficiente?

2025-01-08

Autor: Lucas

A situação de saúde no Brasil é alarmante: apenas nos primeiros seis dias de janeiro, já foram registrados 1.051 casos prováveis de dengue em São Paulo, conforme dados do CVE (Centro de Vigilância Epidemiológica). Além disso, uma morte está sob investigação na cidade de Ribeirão Preto, intensificando as preocupações sobre a crise.

Mas o que está por trás dessa explosão de casos? Especialistas apontam para as mudanças climáticas como uma das causas do crescimento dos casos de dengue no Brasil. De acordo com o plano de ação do governo federal, os anos de 2023 e 2024 têm sido marcados por padrões climáticos irregulares que favorecem a proliferação do mosquito Aedes aegypti. "As anomalias nas temperaturas e precipitações são fruto dos impactos do aquecimento global", diz o documento.

Diante do cenário, o Brasil enfrenta um desafio adicional: a combinação de uma vasta extensão territorial, uma população densa e falhas históricas na coleta de lixo e fornecimento de água potável, especialmente nas áreas periféricas de cidades maiores. Essa combinação cria um ambiente ideal para a propagação do mosquito e a disseminação da doença.

A Proliferação do Mosquito Aedes Aegypti

Com a chegada do verão, a reprodução dos mosquitos se intensifica. Rivaldo Cunha, secretário-adjunto da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente, afirma que as altas temperaturas e o aumento da umidade devido às chuvas favorecem a multiplicação do vetor. "Isso resulta em um maior número de infecções, uma vez que temos mais mosquitos nesse período", observa.

Em função disso, é altamente recomendável que a população dedique cerca de 10 minutos por dia para inspeções em seus lares, eliminando possíveis criadouros, como recipientes que acumulam água. Além disso, a colaboração da comunidade e a cobrança de ações efetivas por parte do poder público são cruciais nesse combate.

Vacinação Contra a Dengue

Em São Paulo, crianças e adolescentes de 10 a 14 anos têm acesso à vacina gratuita contra a dengue nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs). Dados da Prefeitura revelam que 223 mil crianças já receberam a primeira dose, mas ainda faltam 388 mil para completar o ciclo de vacinação. Em relação à segunda dose, 126 mil já foram vacinadas, restando 474 mil a serem imunizadas. Para verificar a disponibilidade da vacina na sua região, consulte o site da prefeitura local.

Para quem busca opções no setor privado, existem duas vacinas disponíveis: uma da Sanofi, aprovada pela Anvisa em 2015, que requer três doses e é destinada apenas a quem já contraiu dengue previamente e tem entre 9 e 45 anos, e outra da Takeda, aprovada em março de 2024, que pode ser aplicada em indivíduos de 4 a 60 anos, independentemente do histórico da doença, necessitando apenas de duas doses.

O Grupo Fleury e a rede Dasa já informaram que têm as vacinas da Takeda disponíveis, embora a quantidade e a disponibilidade variem conforme a localidade. É sempre importante verificar com antecedência, pois a demanda pode ser alta.

Efeitos e Contraindicações da Vacinação

O Dr. Rosana Richtmann, especialista em infectologia, alerta que algumas pessoas não devem tomar a vacina, como aquelas que estão em tratamento imunossupressor, grávidas ou amamentando, ou que apresentaram reações adversas a doses anteriores. As reações mais comuns são leves, incluindo dor local e, ocasionalmente, febre.

Estratégias Adicionais de Prevenção

Além da vacinação, o uso de repelentes durante o dia e o uso de roupas que cubram bem o corpo são essenciais para se proteger do mosquito. Evitar a formação de poças de água parada em casa é igualmente importante. Seja cauteloso e verifique se há locais como pneus velhos ou recipientes que possam acumular água.

O combate à dengue exige esforço coletivo. Unir esforços e compartilhar informações vitais pode salvar vidas e evitar que a dengue atinja ainda mais brasileiros.**Fique atento e cuide-se!**

Sintomas da dengue

Os sintomas da dengue variam, mas os mais comuns incluem febre alta repentina, dores musculares e articulares, dor de cabeça intensa, além de erupções cutâneas. É essencial procurar atendimento médico caso você ou alguém próximo apresente sinais da doença.