Dengue já supera covid em mortalidade no Brasil em 2024; aumento explosivo de 400%!
2025-01-11
Autor: Maria
Surpreendentemente, o número de óbitos causados pela dengue em 2024 ultrapassou os registrados pela covid-19, um dado alarmante que revela a gravidade da atual epidemia de dengue no país. Enquanto os índices de covid-19 caem desde 2022 – com uma queda de 60% nos casos fatais apenas de 2023 para 2024, totalizando 14.785 mortes – a dengue apresenta um aumento assombroso, com uma escalada de 400% nos óbitos em comparação ao ano anterior, segundo o Ministério da Saúde.
Especialistas apontam que as mudanças climáticas têm influência direta na proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue. Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS, destacou em sua visita ao Brasil em 2024 que a elevação das temperaturas globais é um fator crítico para o crescimento do número de casos da doença, refletindo uma tendência observada em diversas regiões do mundo.
Além da questão climática, a época do verão agrava a situação, uma vez que as chuvas intensas são comuns e favorecem o acúmulo de água, essencial para a reprodução dos mosquitos. Combinado ao calor, o cenário torna-se ideal para a produção de novas gerações de Aedes aegypti, resultando em um aumento significativo de novos casos de dengue.
A prevenção é fundamental e a vacinação é uma das principais estratégias. Atualmente, no Sistema Único de Saúde (SUS), apenas crianças e adolescentes de 10 a 14 anos podem receber a vacina contra a dengue gratuitamente. O imunoizante Qdenga, desenvolvido pela farmacêutica Takeda, está disponível nesta faixa etária.
Na rede privada, há duas opções de vacinas contra a dengue: uma da Sanofi e outra da fabricante Takeda. O esquema de vacinação da Sanofi requer três doses e é indicado apenas para aqueles que já tiveram a doença, enquanto a vacina da Takeda, que é mais abrangente, pode ser administrada em pessoas de 4 a 60 anos, com apenas duas doses necessárias.
Os preços das vacinas variam entre R$ 350 e R$ 490 por dose, e os custos do esquema vacinal completo (com duas doses) podem atingir valores entre R$ 700 e R$ 980, dependendo da clínica ou farmácia.
Além da vacina, medidas de prevenção são essenciais para proteger a população, como o uso de repelentes, roupas longas e a eliminação de focos de água parada, onde os mosquitos se reproduzem.
Já em relação à covid-19, a principal recomendação ainda é manter a vacinação em dia, especialmente para grupos prioritários como idosos, crianças menores de cinco anos e gestantes. Não há, até o momento, novas indicações para reforço vacinal para a população em geral, mas a imunização continua sendo uma ferramenta essencial contra a doença.
Entender a dinâmica dessas duas doenças, especialmente a dengue em alta, é crucial para proteger a saúde pública. O alerta é claro: a dengue não deve ser subestimada e a população deve se conscientizar sobre as medidas de prevenção.