
Demitida: Médica é dispensada após crise no atendimento de paciente com AVC no ES
2025-04-30
Autor: Pedro
Uma médica de apenas 26 anos foi demitida do Hospital Municipal de Pinheiros, após um grave incidente relacionado ao atendimento de uma idosa de 63 anos com sinais de Acidente Vascular Cerebral (AVC). O caso ocorreu na manhã da última segunda-feira (28) e gerou uma série de controvérsias nos protocolos de urgência.
A médica de plantão, preocupada com a gravidade do estado da paciente, argumentou que o Hospital de Pinheiros não possuía a estrutura necessária e sugeriu o encaminhamento imediato para o Hospital Estadual Roberto Silvares, em São Mateus, unidade especializada. No entanto, a médica reguladora do Samu orientou que a idosa fosse levada ao hospital para realizar um exame, instrução que foi recusada pela plantonista.
A situação se agravou e a Polícia Militar foi chamada, após reports de que a médica do hospital havia se negado a atender a paciente. Quando a equipe do Samu chegou, a médica confirmou a recusa, informando aos policiais que a idosa apresentava sintomas clássicos de AVC, como fraqueza em um lado do corpo e dificuldades de fala.
A filha da paciente revelou que sua mãe havia sofrido um AVC anteriormente, e as dores no peito eram persistentes. Inicialmente, a orientação era levar a idosa ao hospital de referência, mas em função da dor no peito, a central alterou a ordem.
Em meio ao impasse, a médica plantonista reiterou que o melhor caminho seria a transferência direta para o hospital adequado, destacando que a urgência do quadro clínico exigia um atendimento especializado.
A Prefeitura de Pinheiros avaliou a situação e optou pelo desligamento da profissional após identificar falhas no atendimento. Em nota, destacaram que a médica era terceirizada e que caberia à empresa responsável decidir sobre medidas adicionais.
O Conselho Regional de Medicina do Espírito Santo (CRM-ES) se manifestou, apontando preocupações sobre a falta de um processo adequado antes da demissão, ressaltando o direito do profissional à ampla defesa.
Por fim, a Prefeitura reafirmou que a paciente foi atendida, mas não realizou os exames indicados e teve que ser transferida para outra unidade, o que levanta questões sobre a gestão de atendimentos de emergência na região.