Demissão de médico em UPA gera polêmica e sindicato exige explicações ao prefeito!
2025-01-22
Autor: João
No último sábado (18/1), a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) São Benedito, em Santa Luzia, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, foi palco de uma controvérsia envolvendo a demissão de um médico após uma visita surpresa do prefeito Paulo Bigodinho (Avante). A situação provocou reações do Sindicato dos Médicos do Estado de Minas Gerais (Sinmed-MG), que defende que a demissão foi injustificada.
Marconi Moura, diretor jurídico associativo do Sinmed-MG, afirmou que o médico não deveria ter sido punido. "Ele estava de prontidão, pronto para atender pacientes em estado grave. Imagine um paciente precisando de reanimação e o médico não está disponível porque está atendendo casos leves. Isso poderia prejudicar um atendimento urgente e, o que é pior, colocar vidas em risco", comentou.
A situação gerou repercussão dentro da UPA, onde uma fonte anônima, também médica, expressou surpresa com a decisão tomada pelo prefeito. "Depois do ocorrido, outros médicos tiveram que assumir sua função de forma apressada e foi difícil encontrar quem quisesse assumir a vaga, devido ao clima de temor e respeito ao que aconteceu", enfatizou.
Além disso, o Sinmed-MG critica a postura do prefeito ao afirmar que este tipo de assédio se torna um espetáculo para ‘ganhar likes nas redes sociais’. Moura afirmou que a função do administrador público é educar a população sobre os serviços de saúde, e que a responsabilização deve seguir canais corretos e não através do intimidation.
A Prefeitura, ao ser questionada sobre os critérios de demissão, informou que o contrato do médico não impõe restrições quanto ao atendimento, exceto em casos de urgência e emergência. Entretanto, o documento consultado pelo Estado de Minas revela que o médico tinha responsabilidade principal sobre pacientes em estado crítico.
A demissão aconteceu após o médico ter se negado a ajudar no atendimento geral, alegando que sua função estava limitada à sala de urgência. O prefeito, em um vídeo que já conquistou mais de 200 mil visualizações nas redes sociais, advertiu: "Se não quiser trabalhar, dá lugar para outro!" O clima tenso foi intensificado por uma investigação cuidadosa das condições de atendimento na UPA, onde muitos pacientes estariam esperando por horas.
Em meio a esta crise, a população de Minas Gerais enfrenta um aumento preocupante nos homicídios e crimes violentos. Situações como esta ressaltam a importância de uma gestão adequada na saúde pública, principalmente quando vidas estão em jogo. As consequências da demissão do médico não são apenas pessoais, mas refletem uma necessidade urgente de revisar práticas de gestão na saúde.
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