
Déficit primário do setor público atinge R$ 18,973 bilhões em fevereiro: O que isso significa para você?
2025-04-08
Autor: Pedro
Déficit Primário do Setor Público em Fevereiro
Os dados mais recentes sobre o setor público consolidado do Brasil revelam um cenário preocupante. No mês de fevereiro, o governo registrou um déficit primário de R$ 18,973 bilhões. Esta conta abrange o governo central, que inclui Previdência, Tesouro e Banco Central, além de Estados, Municípios e empresas estatais. Surpreendentemente, as empresas do grupo Petrobras e os bancos públicos, como o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal, não fazem parte dessa contagem.
O resultado de fevereiro destaca um déficit de R$ 28,517 bilhões do governo central. No entanto, os Estados e Municípios contribuíram com um superávit de R$ 22,950 bilhões, e as estatais fecharam com um saldo positivo de R$ 299 milhões.
Se olharmos para o acumulado em 12 meses até fevereiro, o déficit primário alcançou R$ 15,885 bilhões, o que representa 0,13% do Produto Interno Bruto (PIB). Esse número mostra uma significativa melhora se comparado ao mesmo período do ano anterior, quando o déficit era de 0,39% do PIB.
Déficit Nominal em Queda
O déficit nominal do setor público, que inclui despesas com juros, foi de R$ 97,226 bilhões em fevereiro. Um ano antes, esse número era ainda mais alarmante, com um déficit de R$ 113,858 bilhões. A conta de juros nesse contexto foi de R$ 78,253 bilhões.
Analisando o período de 12 meses, o déficit nominal totalizou R$ 939,839 bilhões, o que equivale a 7,91% do PIB, uma leve melhora em relação a 8,1% em janeiro. Isso mostra uma trajetória de redução, algo que pode dar um alívio aos gestores públicos e aos cidadãos.
Dívida Bruta Não Para de Crescer
A dívida bruta dos governos no Brasil alcançou R$ 9,045 trilhões em fevereiro, representando 76,2% do PIB. Em janeiro, esse índice era de 75,7% do PIB. Essa elevação foi influenciada pelos juros nominais e pela emissão líquida de dívida.
Curiosamente, a dívida bruta no conceito do Fundo Monetário Internacional (FMI) também subiu de 87,1% do PIB em janeiro para 88,7% em fevereiro, o que evidencia um aumento preocupante na relação da dívida com o PIB.
Ainda assim, a dívida líquida do setor público não financeiro se manteve em 61,4% do PIB, mostrando uma leve alta em relação aos 61,1% do mês anterior. Esses números revelam um padrão de crescimento que pode impactar as políticas econômicas e sociais no futuro.
Alertas Importantes Sobre a Economia
Adicionalmente, o Banco Central atualizou as elasticidades das dívidas líquida e bruta em relação aos principais indexadores. Por exemplo, uma valorização de 1% do câmbio pode significar um aumento de 0,07 ponto percentual no PIB. Isso é um indicativo de quão sensível nossa economia pode ser em relação a choques externos.
Esses dados apresentam um quadro de vulnerabilidade e incerteza para a economia brasileira. Com as pressões inflacionárias e a necessidade de ajustes fiscais, todos os olhos estão voltados para as ações que o governo tomará nos próximos meses. A pergunta que fica é: o que essas estatísticas significam para o bolso do cidadão brasileiro? A resposta pode não ser reconfortante.
Fique atento às próximas atualizações e entenda como essas questões fiscais podem afetar seu dia a dia. O futuro econômico do Brasil pode depender das escolhas feitas hoje!