
Curso de Medicina no Litoral Norte: Uma Nova Esperança para a Saúde da Região
2025-04-03
Autor: Fernanda
Os deputados Alceu Moreira (federal) e Luciano Silveira (estadual), ambos do MDB, estão em busca de uma reunião com o ministro da Educação (MEC), Camilo Santana, para discutir a implementação de um curso de Medicina no Litoral Norte do Rio Grande do Sul. Atualmente, esta é uma região que carece dessa importante oferta de formação superior, o que pode ter um impacto significativo na saúde local.
A solicitação da reunião, realizada nesta quinta-feira (03), ressalta a urgência de expandir os serviços de saúde na região, que tem observado um crescimento substancial pós-pandemia, aumentando a demanda por profissionais de saúde. "A região ainda não oferece o curso, enquanto enfrenta a maior alta de crescimento. Precisamos garantir que os moradores do Litoral tenham acesso a formação médica de qualidade e, consequentemente, aos serviços de saúde necessários para viverem aqui", afirmou o deputado Alceu Moreira. A proposta é que a audiência ocorra ainda no mês de abril.
As expectativas de que o Litoral Norte possa receber um curso de Medicina são promissoras. Algumas universidades privadas da região já apresentaram projetos ao MEC, mas a decisão final sobre a criação do curso ainda não foi anunciada. Em outubro de 2023, o ministério lançou um edital que possibilita a criação de novos cursos de Medicina em diversas regiões do Brasil.
No contexto do Rio Grande do Sul, a previsão é que sejam criados quatro novos cursos, totalizando cerca de 240 novas vagas para estudantes. O anúncio oficial deve acontecer até agosto deste ano.
"Ter um curso de Medicina na nossa região significa a formação de médicos locais, que colaborarão diretamente com as prefeituras e instituições de saúde que precisam de profissionais qualificados", destacou o deputado Luciano Silveira. Ele já promoveu uma audiência pública sobre o tema na Comissão de Educação, Cultura, Desporto, Ciência e Tecnologia da Assembleia Legislativa.
Entretanto, para que as universidades sejam autorizadas a abrir novos cursos, algumas exigências devem ser atendidas. Entre elas, a necessidade de haver no mínimo 2,5 médicos para cada mil habitantes na região; a existência de um hospital com pelo menos 80 leitos, que possibilita a formação prática dos alunos; e a capacidade para abrigar, no mínimo, 60 vagas. Além disso, o curso não pode ser impactado pelo plano de expansão de cursos de Medicina das universidades federais.
Com a aprovação desse curso, o Litoral Norte poderá não apenas melhorar a formação de profissionais de saúde, mas também promover o desenvolvimento econômico e social da região, atraindo novos investimentos e melhorando a qualidade de vida dos habitantes. A luta pela implantação do curso de Medicina é, sem dúvida, uma pauta que deve ser acompanhada de perto por todos os interessados na melhoria da saúde e bem-estar da população local.