
Cuidado! Ibuprofeno e Paracetamol Podem Aumentar Resistência Bacteriana
2025-08-28
Autor: Lucas
Descoberta Alarmante de Pesquisadores Australianos
Pesquisadores da Universidade do Sul da Austrália (UniSA) revelaram uma descoberta preocupante: o uso combinado de ibuprofeno e paracetamol pode amplificar a resistência de bactérias aos antibióticos. Este estudo, divulgado na terça-feira, mostrou que esses analgésicos, tão comumente utilizados, quando administrados juntos, acentuam mutações em bactérias como a Escherichia coli, tornando-as resistentes à ciprofloxacina e a outros antibióticos.
O Impacto da Polifarmácia e a Resistência Antimicrobiana
A pesquisa foi motivada pela crescente preocupação acerca da resistência antimicrobiana, um problema que vem se agravando com o uso inadequado de antibióticos. Os cientistas focaram na interação entre medicamentos que não são antibióticos, como o ibuprofeno e o paracetamol, e a bactéria E. coli, frequentemente responsável por infecções intestinais e urinárias.
Primeiro Estudo a Revelar Tal Relação!
Este é o primeiro estudo a mostrar claramente a relação entre analgésicos comuns e resistência bacteriana. A pesquisa tem implicações significativas para entendermos os riscos da polifarmácia, que é a administração simultânea de múltiplos medicamentos.
Experimentos Reveladores
Durante os experimentos, os pesquisadores testaram culturas de E. coli sob diferentes combinações de fármacos para observar o avanço na resistência bacteriana. Os resultados foram impactantes: bactérias expostas à ciprofloxacina, ibuprofeno e paracetamol apresentaram um aumento significativo em mutações genéticas, permitindo um crescimento mais rápido e uma resistência extrema. Além de resistirem à ciprofloxacina, essas bactérias se mostraram mais resistentes a vários antibióticos de outras classes.
A Necessidade Urgente de Reavaliação de Protocolos
Diante desses achados, surge a necessidade urgente de revisar os protocolos de administração de medicamentos, especialmente em ambientes de cuidados com idosos, onde a polifarmácia é comum. A professora Rietie Venter, líder da pesquisa, destacou a gravidade do assunto: "Antibióticos são essenciais para tratar doenças infecciosas, mas o uso excessivo levou a um aumento alarmante de bactérias resistentes, principalmente em lares de idosos, onde os pacientes recebem múltiplas prescrições".
Um Problema Global
Vale lembrar que a Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou que a resistência antimicrobiana é uma séria ameaça à saúde pública global. Em 2019, aproximadamente 1,72 milhões de pessoas morreram devido a infecções causadas por bactérias resistentes.
Reflexões Finais e a Importância do Estudo
Este estudo serve como um poderoso lembrete de que é crucial considerar os riscos associados ao uso de múltiplos medicamentos. Não se trata de não usar analgésicos, mas de sermos mais cuidadosos com suas interações, reconhecendo que as combinações de medicamentos simples podem ter consequências profundas.
Um Caminho para o Futuro
Além disso, os pesquisadores analisaram nove medicamentos utilizados em cuidados residenciais para idosos. Diante da complexidade das interações medicamentosas, eles solicitam mais estudos para entender melhor como os medicamentos comuns impactam a eficácia dos antibióticos.