Neste domingo (10), a Ilha de Cuba enfrentou um dia aterrorizante com a ocorrência de dois terremotos consecutivos. O mais forte, de magnitude 6,8, atingiu a costa sul, próximo a Santiago, de acordo com o Serviço Geofísico dos Estados Unidos (USGS).

O primeiro tremor, com uma magnitude de 5,9, havia sido sentido apenas algumas horas antes, alarmando os residentes de várias províncias. O terremoto de 6,8 ocorreu a uma profundidade de 23,5 quilômetros abaixo do oceano, e as autoridades de Santiago de Cuba e o Centro Nacional de Pesquisas Sismológicas (CENAIS) confirmaram também um tremor de 5,4 graus na escala Richter.

Ambos os terremotos geraram tremores secundários, intensificando o pânico entre os cubanos. O jornal oficial Granma destacou que a perceptibilidade do tremor foi registrada em todas as províncias do leste, assim como em Camagüey e Ciego de Ávila, mas até o momento não há relatos de feridos ou danos estruturais significativos.

"Aqui, as pessoas saíram rapidamente para as ruas porque o solo se moveu com muita força", relatou Andrés Pérez, um aposentado de 65 anos que reside no centro de Santiago. "Foi um susto enorme, minha esposa está muito nervosa", acrescentou.

Este evento sísmico ocorre em um momento crítico para Cuba, que ainda se recupera dos estragos provocados pelo furacão Rafael, que atingiu a região oeste da ilha, causando apagões generalizados que duraram quase dois dias.

Vale lembrar que um terremoto de magnitude 5,1 já havia sido registrado em Santiago de Cuba no dia 17 de outubro, sem reportar danos. Em janeiro de 2020, um poderoso terremoto de 7,7 foi sentido em várias províncias, levando à evacuação de prédios em Havana, mas também sem relatos de grandes danos. A população cubana está em alerta máximo, se preparando para possíveis maiores consequências e respostas rápidas em caso de novos tremores.