Saúde

Crisis na saúde em Contagem: escassez de médicos e pacientes à espera de socorro

2025-09-04

Autor: Matheus

Contagem sofre com a falta de médicos e longas esperas

A cidade de Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte, está enfrentando sérios problemas na saúde, com denúncias de redução na escala de médicos, atrasos em exames e longas esperas para atendimentos. Um profissional da saúde revela que, enquanto antes o tempo de espera para atendimento geral era de duas a quatro horas, agora chega a impressionantes oito horas. Para os atendimentos pediátricos, a situação é ainda mais alarmante, com filas que podem durar até três horas.

Histórias de pacientes desesperados

Em visita ao Hospital Municipal de Contagem e à UPA Ressaca, a reportagem encontrou pacientes que confirmaram as denúncias. A pequena Ana Luiza Saturnino, de apenas 7 anos, quebrou o braço e passou por uma espera angustiante de quatro dias para ser operada. Após a cirurgia, ela teve complicações e aguarda exames essenciais que devem ser realizados em um intervalo ainda indeterminado. Seu pai expressou a preocupação com as sequelas que a sua filha pode enfrentar.

Na UPA Ressaca, outra história marcante é a da idosa Tânia Ribeiro, de 70 anos, que, com suspeita de trombose, enfrentou a superlotação da unidade e uma espera de cinco dias para realizar um exame crucial. Sua filha, Mária de Oliveira, relata que apenas um médico estava disponível na unidade em um dia crítico, o que prejudicou ainda mais o atendimento.

A falta de médicos é alarmante

Profissionais da saúde reiteram a escassez de médicos, com uma redução drástica na escala de atendimento, o que tem gerado um colapso no serviço. “A saúde em Contagem está um caos. O número de clínicos no pronto-socorro foi cortado e os pediatras estão trabalhando sozinhos à noite, o que atrasa ainda mais o atendimento”, afirmou um funcionário.

Administradora promete respostas, mas pacientes não veem melhorias

A Prefeitura de Contagem, por sua vez, se defende afirmando que todas as UPAs estão com escalas completas e que as obras em andamento visam melhorar a estrutura das unidades. Eles alegam que o tempo médio de espera para atendimentos pediátricos está dentro do regulamento, mas as histórias de pacientes a partir da comunidade sugerem uma realidade diferente.

O governo municipal negou qualquer paralisação de exames e cirurgias eletivas, afirmando que os procedimentos continuam regulares. No entanto, os relatos das famílias claramente indicam que a realidade do atendimento é extremamente insatisfatória.

O que vem a seguir?

À medida que a crise na saúde em Contagem se intensifica, as expectativas da população são de mudanças urgentes. As histórias de pacientes como a pequena Ana Luiza e a idosa Tânia revelam uma realidade preocupante e um apelo por ações imediatas para garantir que todos tenham direito a um atendimento de saúde digno e eficaz.