Renúncia Dramática em Meio ao Caos

Na última terça-feira, 9 de setembro de 2025, o primeiro-ministro do Nepal, K.P. Sharma Oli, jogou a toalha e renunciou ao cargo. Sua decisão dramática ocorreu após violentos protestos em todo o país que resultaram em 19 mortes.

Motivo dos Protestos: Proibição das Redes Sociais

Os tumultos começaram em resposta à proibição das redes sociais imposta pelo governo, que rapidamente foi revertida. Mesmo após a renúncia de Oli e a restauração das plataformas digitais, os manifestantes continuaram tomados pela indignação.

A Luta Contra a Corrupção

Os protestos, que assolaram a capital Kathmandu e se espalharam para outras cidades, refletiam uma crescente insatisfação com a corrupção dentro do governo.

Conflitos e Reações Violentas

Durante dois dias de confrontos, a situação se deteriorou rapidamente. Os manifestantes incendiaram pneus e atacaram as forças de segurança, resultando não apenas em perdas de vidas, mas em mais de 100 feridos. Foi a maior onda de tumultos vivida pelo país em décadas.

Ataques a Sedes e Residências

Em meio à agitação, os protestantes não pouparam ataques a instituições políticas, incendiando sedes de partidos e até mesmo as residências de ex-primeiros-ministros. O próprio lar de Oli não escapou da fúria popular.

Contexto de Instabilidade

O Nepal, situado entre a Índia e a China, vive um clima de instabilidade política desde a abolição da monarquia em 2008, enfrentando também incertezas econômicas.

O Futuro Político do Nepal

K.P. Sharma Oli, de 73 anos, ocupou seu quarto mandato desde que se tornou primeiro-ministro e, após a renúncia, o presidente Ram Chandra Paudel iniciou o processo para escolher um novo líder. O que acontecerá a seguir é incerto, mas a pressão por mudanças continua intensa.