Saúde

Crise nos Postos de Saúde de Fortaleza: Pacientes Sofrem com a Falta de Medicamentos Essenciais!

2025-04-02

Autor: João

Situação alarmante na saúde pública

A situação da saúde pública em Fortaleza se torna cada vez mais alarmante. Com a crise se agravando e a falta de insumos e profissionais, a população que depende do Sistema Único de Saúde (SUS) enfrenta sérios problemas para tratar condições como hipertensão e diabetes. É um cenário preocupante que não parece ter fim à vista.

Falta de medicamentos essenciais

Relatos de fortalezenses apontam que medicamentos básicos estão em falta há meses em vários postos de saúde da capital. Entre os itens em escassez estão glifage, dipirona, gliclazida, sinvastatina, enalapril, ibuprofeno e até insulina. Além disso, há falta de insumos como papel para impressão de receitas e agulhas para exames.

Promessas não cumpridas

A secretária da Saúde do município, Socorro Martins, prometeu que 90% dos estoques seriam reabastecidos até o final de março. No entanto, em visita realizada pelo Diário do Nordeste a quatro postos, a realidade foi bem diferente: todos os locais apresentaram reclamações de que pelo menos um tipo de medicamento estava em falta.

Depoimentos de pacientes

Diversos pacientes relataram suas dificuldades. Cláudia Regina de Sousa Noronha, uma dona de casa de 64 anos que depende da gliclazida para tratamento de diabetes, afirmou que não consegue encontrar o medicamento há duas semanas. Fátima Jerônimo Lima, de 69 anos, também sofre as consequências da falta de insulina, afirmando que “não é todo mundo que tem dinheiro” para comprar os medicamentos que faltam.

Reprogramação financeira necessária

A insatisfação é generalizada, e muitos pacientes estão sendo forçados a reprogramar seus orçamentos familiares para conseguir arcar com os custos dos remédios que deveriam ser fornecidos gratuitamente. Além de medicamentos em falta, muitos usuários relatam a escassez de materiais necessários para exames, como agulhas e papel.

Debate no Conselho Municipal de Saúde

A situação foi discutida na 284ª Reunião Ordinária do Conselho Municipal de Saúde de Fortaleza. A secretária admitiu que houve problemas na programação de pedidos de medicamentos, que deveriam ter sido feitos no final de 2023, durante a gestão anterior. Agora, uma dívida de R$ 36 milhões com fornecedores ainda pesa sobre a gestão da Saúde de Fortaleza, dificultando ainda mais a reposição desses itens essenciais.

Queixas de diversas regiões

A falta de insumos e medicamentos não se limita a alguns postos; as queixas chegam de diversas regiões da cidade, e a situação destaca falhas sérias no sistema de saúde. Moradores de bairros como Panamericano, Jacarecanga e Vila Velha têm sido particularmente afetados, enfrentando dores e complicações de saúde devido à falta de medicações.

Mobilização do Sindicato dos Médicos

Enquanto isso, o Sindicato dos Médicos do Ceará está se mobilizando para investigar o problema e buscar soluções para garantir o atendimento adequado à população. Uma mudança é urgente, pois a falta de medicamentos não é apenas inconveniente - é uma questão de saúde pública que pode levar pacientes a situações de risco.

Clamor por soluções

Os usuários da rede pública de saúde de Fortaleza clamam por respostas e soluções imediatas. É imperativo que a gestão atual se comprometa com a reestruturação e o planejamento eficaz para evitar que essas situações alarmantes se tornem parte da rotina de quem depende do Sistema Único de Saúde. A saúde da população não pode esperar!