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Crise no Líbano: Mais de 70 mil pessoas deslocadas e Israel rejeita cessar-fogo; Vídeo e FOTOS mostram a fuga desesperada

2024-09-26

O Líbano enfrenta uma grave crise humanitária à medida que milhares de famílias fogem do conflito entre o Hezbollah e Israel, buscando abrigo em locais seguros. O ministro do Interior libanês revelou que mais de 70 mil pessoas já foram deslocadas e que 533 abrigos estão funcionando, especialmente escolas na capital, Beirute.

Desde segunda-feira (23), os bombardeios israelenses têm forçado um êxodo em massa, com mais de 22 mil pessoas atravessando a fronteira para a Síria, segundo fontes das forças de segurança sírias. Relatos indicam que a maioria que conseguiu fugir são libaneses e sírios que buscam escapar da devastação.

Em uma declaração durante uma reunião do Conselho de Segurança da ONU, o primeiro-ministro libanês, Najib Mikati, denunciou os ataques israelenses, afirmando que eles têm resultado em um número alarmante de civis mortos e feridos. Os hospitais libaneses estão saturados, recebendo vítimas de bombardeios aéreos, que, conforme informações recentes, já deixaram pelo menos 72 mortos e 392 feridos.

A situação se torna ainda mais crítica, pois Israel anunciou que não aceitará um cessar-fogo proposto por Estados Unidos e França. O ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, afirmou que continuarão a operar até garantir a segurança na região. Ele enfatizou que os ataques são direcionados a alvos do Hezbollah, mas os relatos de civis atingidos levantam grandes preocupações sobre a estratégia militar adotada.

Vídeos e fotos compartilhados nas redes sociais mostram a apreensão nas fronteiras, com mulheres e crianças tentando escapar do massacre. A resposta militar israelense intensificou-se, com ataques em diferentes áreas do Líbano, resultando em altíssimos custos humanos e uma crise humanitária iminente.

Hezbollah, por sua vez, declarou que está retaliando a agressão israelense, aumentando temores de uma escalada ainda maior do conflito. A tensão entre Israel e Hezbollah, que já provocou um conflito armado em 2006, parece estar se intensificando novamente, com ambos os lados se preparando para um confronto que pode ter repercussões devastadoras para a região.

As organizações humanitárias estão lutando para oferecer assistência básica, mas o número crescente de deslocados e a destruição generalizada dificultam o fornecimento de ajuda necessária. A ONU expressou preocupação sobre a possibilidade de uma guerra total no Oriente Médio, com os líderes mundiais apelando pela paz enquanto a situação se agrava.

"O povo do Líbano e o da Israel não podem pagar o preço da guerra; é hora de buscar uma resolução pacífica!", alertou o Secretário-Geral da ONU, António Guterres, enfatizando a necessidade urgente de um cessar-fogo.