Nos últimos dias, comerciantes de Guaraí têm enfrentado uma grave crise de segurança e prejuízos financeiros, decorrentes do aumento da presença de pessoas com transtornos mentais em seus estabelecimentos. Um incidente alarmante foi relatado em uma academia, onde uma mulher agredida por sua condição quebrou um notebook e tentou ferir outros clientes.

Esses episódios não são isolados. Recentemente, situações semelhantes foram reportadas em uma lavanderia, pelo menos dois supermercados, uma loja de móveis e eletrodomésticos e uma padaria, todos entre dezembro de 2024 e os primeiros dias de janeiro de 2025. Essa onda de incidentes está gerando um clima de medo entre os comerciantes e clientes, que não se sentem seguros para realizar suas atividades diárias.

Com o aumento dos registros de boletins de ocorrência na Polícia Civil, as autoridades estão em alerta. Existe uma preocupação crescente de que essas situações possam culminar em acontecimentos ainda mais sérios, colocando em risco não somente as pessoas que sofrem com transtornos mentais, mas também aqueles que compartilham os mesmos espaços.

A questão da saúde mental é complexa e a solução não é simples. Infelizmente, muitas das pessoas afetadas não aceitam tratamento, ou não têm acesso a ele devido a uma variedade de fatores. Isso negligencia a necessidade imperiosa de ajuda, transformando a luta por melhores condições em um desafio diário para as famílias envolvidas.

Dicas para lidar com a situação

Se você se deparar com uma pessoa que aparenta estar descontrolada, é crucial manter a calma. Enfrentá-la pode agravar a situação. Em caso de emergência, acione os Bombeiros ou a Polícia Militar. Além disso, se houver danos materiais ou tentativas de agressão, é fundamental registrar um Boletim de Ocorrência na Polícia Civil e comunicar a situação ao Ministério Público Estadual (MPE).

As autoridades só poderão intervir de forma eficaz se tiverem conhecimento oficial dessas demandas. Para as famílias que lidam com a difícil tarefa de cuidar de um ente querido em crise, buscar apoio especializado é vital. Para aqueles que não podem arcar com os custos, a rede de saúde pública oferece alternativas e a Unidade Básica de Saúde (UBS) é o primeiro passo para o acesso ao tratamento.

O aumento dos casos de transtornos mentais na cidade não é apenas um problema individual; é um reflexo das falhas no sistema de saúde e de um estigma que ainda persiste na sociedade. É hora de unir forças para buscar soluções efetivas que garantam a segurança e a dignidade de todos.