Nação

Crime Chocante no RS: Bolo Envenenado e a Revelação de Compra de Arsênio por Suspeita

2025-01-13

Autor: Gabriel

A Polícia Civil do Rio Grande do Sul fez uma descoberta alarmante em um caso que envolve a morte de quatro membros da mesma família: uma nota fiscal de compra de arsênio, apresentada como veneno mortal, foi encontrada no celular de Deise Moura dos Anjos, principal suspeita do envenenamento.

De acordo com a investigação, Deise adquiriu arsênio pela internet em quatro ocasiões, com uma das compras ocorrendo antes da morte de seu sogro, que faleceu em setembro após aparentes sintomas de envenenamento. As outras três transações foram feitas antes da tragédia que vitimou três pessoas após o consumo de um bolo envenenado em dezembro.

O veneno teria sido recebido pelos Correios, levantando questões sobre a facilidade de acesso a substâncias letais na internet. As investigações revelam "fortes indícios" de que Deise pode ter estado envolvida em outros casos de envenenamento, levando a polícia a considerar desenterrar mais corpos para novas análises.

Sabrina Deffente, delegada da região do Litoral Norte, afirmou: "Estamos tratando este caso com a gravidade que ele merece, considerando que ela pode ter praticado homicídios em série durante anos sem ser descoberta".

As informações apontam que a sogra de Deise, Zeli dos Anjos, foi o principal alvo do envenenamento. Durante uma discussão acalorada, Deise teria proferido ameaças de morte à sogra, criando um ambiente de desconfiança entre os membros da família. O clima tenso foi corroborado por uma amiga próxima, que ouviu relatos sobre as ameaças que Deise teria feito.

A tragédia não se limitou ao bolo. A morte do sogro, Paulo Luiz dos Anjos, também está sob investigação. Ele havia falecido aparentemente de intoxicação alimentar, mas exames posteriores revelaram que ele havia ingerido arsênio, o que questiona a verdadeira causa de sua morte.

O caso ganhou atenção nacional, não apenas pela brutalidade dos eventos, mas também pela forma como a tecnologia parece ter sido utilizada para facilitar o crime. Contrapõe-se a isso a declaração da defesa de Deise, que se comunica, aparentemente, com uma posição defensiva, alegando que as declarações feitas pela polícia ainda não foram judicializadas e que aguardam provas mais concretas.

Os laudos periciais mostraram uma concentração altíssima do veneno no bolo, sendo que amostras da farinha usada na receita continham arsênio em uma quantidade 2.700 vezes maior que o permitido. O Instituto Geral de Perícias (IGP) detalhou que a análise foi feita utilizando tecnologia de ponta para garantir a veracidade das informações.

Além do horror das mortes, a situação levanta questões sobre a segurança e regulamentação da venda de produtos potencialmente mortais pela internet. O caso está em andamento e a sociedade aguarda por mais revelações e a conclusão das investigações, que prometem desdobramentos ainda mais impactantes.