Com a recente divulgação dos dados oficiais sobre os planos de saúde pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), analistas do BTG realizaram um levantamento detalhado das operadoras que mais cresceram e as que enfrentaram quedas significativas no Brasil.

No terceiro trimestre deste ano, a Hapvida sofreu uma perda de 6 mil "vidas", em grande parte devido à diminuição de 16 mil clientes em Minas Gerais, embora tenha compensado parcialmente com a adição de 7 mil clientes no Rio de Janeiro. No acumulado do ano, o total de clientes da Hapvida caiu em 54 mil. Apesar disso, ela continua sendo a maior operadora do Brasil, com 8,7 milhões de clientes.

O Bradesco Saúde ocupou a segunda posição no ranking, com cerca de 3,8 milhões de "vidas". No último trimestre, a operadora ganhou 21 mil novos clientes, mas perdeu 46 mil ao longo do ano.

Por outro lado, a Unimed Seguros se destacou como a operadora que mais ganhou "vidas" no trimestre, com um aumento de 38 mil clientes; no entanto, ao longo do ano, a Unimed Seguros teve uma perda acumulativa de 91 mil. A Unimed Nacional, por sua vez, acrescentou 7 mil clientes no trimestre, mas registrou uma perda de 96 mil no total do ano.

A Porto Saúde também se saiu bem, com um aumento de 37 mil "vidas" apenas no trimestre e 101 mil a mais no acumulado do ano. A Amil, apesar de adicionar 3 mil clientes no último trimestre, enfrenta um cenário desafiador, tendo perdido 147 mil clientes desde o início de 2024 até setembro.

Com a redução da base de clientes da Amil, a SulAmérica está se aproximando em termos de número de clientes. Há uma década, a Amil possuía 4,4 milhões de clientes, enquanto a SulAmérica contava com 2,2 milhões. Atualmente, a Amil tem pouco mais de 3 milhões, enquanto a SulAmérica está próxima de 2,9 milhões, de acordo com os dados do BTG e da ANS.

No trimestre, a SulAmérica registrou um avanço de 21 mil "vidas" e, ao longo do ano, ganhou 92 mil novos clientes. Os dados mostram um panorama dinâmico no setor de saúde suplementar no país, refletindo as mudanças no comportamento do consumidor e a concorrência acirrada entre as operadoras.

Com o aumento da procura por serviços de saúde de qualidade, será interessante acompanhar como essas operadoras se adaptarão para evitar perdas e conquistar novos clientes em um mercado tão competitivo.