Ciência

Crânio que poderia pertencer à irmã de Cleópatra revela identidade surpreendente

2025-01-12

Autor: Julia

Em uma descoberta arqueológica intrigante, um crânio que se acreditava ser da histórica Arsinoë IV, irmã da famosa Cleópatra, revelou uma identidade bem diferente. Um estudo recente publicado na revista Scientific Reports confirmou que os restos pertenciam a um menino.

Essa reviravolta não apenas despejou luz sobre a antiga teoria a respeito do crânio, mas também trouxe à tona novas perguntas sobre o paradeiro de Arsinoë IV, uma figura que fez parte da história fascinante do Egito Antigo.

O crânio foi descoberto em 1929 pelo arqueólogo austríaco Josef Keil durante escavações em Éfeso, na atual Turquia. Originalmente, acreditava-se que ele pertencia a uma “pessoa muito distinta”, possivelmente uma mulher jovem de 20 anos. Isso se baseava na posição do sepulcro e na riqueza dos artefatos encontrados, o que sugeriu uma conexão aristocrática.

Mistério e nova análise

As investigações foram reavivadas nos anos 90, quando pesquisadores, com base na arquitetura do local e na história do assassinato de Arsinoë IV em Éfeso, conjecturaram que os restos poderiam ser dela. Entretanto, uma nova análise realizada pelo Departamento de Antropologia Evolutiva da Universidade de Viena utilizou tecnologias modernas, como tomografia computadorizada de alta precisão, para reavaliar os achados.

Eles descobriram que o crânio e o fêmur apresentavam presença do cromossomo Y, indicando que se tratava de um menino em fase de puberdade, colocando um ponto final nas teorias sobre a identidade do crânio. Além disso, o estudo sugeriu que o garoto provavelmente sofria de problemas de desenvolvimento, o que explicaria a forma assimétrica do crânio.

Essa descoberta levanta questões sobre as condições de saúde e os cuidados médicos na época, e revela um lado menos conhecido da história da medicina antiga no mundo mediterrâneo.

E a grande pergunta permanece: onde está Arsinoë IV? Com esse novo estudo subvertendo teorias anteriores, o paradeiro e a identidade da irmã de Cleópatra continuam envoltos em mistério. A similaridade arquitetônica entre o “Octógono” e o famoso Farol de Alexandria também permanece sem resposta, convidando os arqueólogos a explorarem ainda mais o intrigante passado da Antiguidade.

O que mais será revelado sobre a intrigante história das grandes figuras do Egito Antigo? Fique ligado!