A Crise dos Cartões Corporativos

Em meio a uma forte pressão e investigações rigorosas, a diretoria do Corinthians finalmente se mobiliza para entregar os documentos exigidos pelo Ministério Público de São Paulo (MP-SP). Esses documentos estão relacionados ao suposto uso indevido de cartões corporativos pelo clube durante as gestões dos últimos três presidentes: Augusto Melo, Duilio Monteiro Alves e Andrés Sanchez.

A Ordem do MP e o Prazo para Entrega

Na última quinta-feira, o promotor Cássio Roberto Conserino fez um apelo formal, exigindo faturas e relatórios de despesas do período de 2018 até 26 de maio de 2025, quando Augusto Melo foi destituído. Ele estabeleceu um prazo de 24 horas para que os documentos fossem apresentados, alertando que a não conformidade poderia resultar em um inquérito policial por desobediência.

A Resposta do Corinthians

Apesar da pressão, a diretoria do Corinthians anunciou que irá fornecer toda a documentação até segunda-feira, 8 de setembro. Fontes da Gazeta Esportiva informaram que os dirigentes estão avaliando a melhor forma de entregar os documentos—se ao MP ou diretamente à Justiça—visto que há um receio de vazamentos para a imprensa e os torcedores.

Revelações e Consequências

O escândalo ganhou força em julho, quando Andrés admitiu ter utilizado o cartão para cobrir despesas pessoais em Tibau do Sul, no Rio Grande do Norte, no final de seu último mandato, em 2020. Após a revelação, ele reembolsou o clube, porém, agora enfrenta um processo disciplinar na Comissão de Ética do Corinthians. Torcedores clamam por punições severas, incluindo a expulsão de Andrés.

Acusações Contra Duilio Monteiro Alves

Além das suspeitas sobre Andrés, Duilio Monteiro Alves também está sendo investigado por supostos gastos pessoais. Contudo, ele negou qualquer envolvimento com as faturas contestadas e registrou uma queixa na Delegacia de Repressão aos Delitos de Intolerância Esportiva, buscando que essa questão seja incorporada na investigação que já está em andamento.

A Solicitação do MP

Agora, o MP pediu que Andrés, Duilio e Augusto Melo sejam afastados temporariamente dos Conselhos Deliberativo e de Orientação do Corinthians durante as investigações. Até o momento, no entanto, o Poder Judiciário ainda não se manifestou sobre o pedido.