Na manhã de quinta-feira (31), a Coreia do Norte disparou um míssil balístico intercontinental, ação que foi rapidamente registrada pelas autoridades dos Estados Unidos. Este novo teste é o primeiro desde que militares norte-coreanos foram enviados para a Rússia, revelando um possível movimento estratégico por parte do regime de Kim Jong-un.

De acordo com informações do Exército da Coreia do Sul, o míssil foi lançado de uma área próxima a Pyongyang, viajando em direção ao Mar do Japão por volta das 7h10 no horário local — equivalente a 19h10 de quarta-feira (30) em Brasília. A Agência de Notícias do Japão reportou que o projétil alcançou uma altura impressionante de mais de 7.000 km, estabelecendo um novo recorde para os testes de mísseis norte-coreanos em termos de altitude.

Além disso, o tempo de voo também foi registrado como o maior já observado para um míssil desse tipo. A Coreia do Norte costuma optar por lançamentos lofted, que são balísticos em trajetória vertical, evitando sobrevoar os países vizinhos, o que, segundo o Japão, fez com que o projétil caísse no mar sem causar danos ou provocar qualquer incidente.

O governo dos Estados Unidos imediatamente condenou o teste, deixando claro que, apesar da provocação, a ação não representa uma ameaça direta ao território americano ou a seus aliados, sinalizando uma resposta cautelosa à crescente tensão na região. Contudo, a agência sul-coreana Yonhap adiantou que os EUA pretendem responder a esta demonstração de força com a mobilização de recursos estratégicos para exercícios militares conjuntos.

Além disso, a Coreia do Sul está em constante troca de informações com os Estados Unidos e o Japão, fortalecendo assim, suas medidas de segurança na região. Este teste marca o retorno dos lançamentos norte-coreanos, sendo o último a data de dezembro de 2022, onde um míssil alcançou uma altitude de 15.000 km, colocando todo o território continental dos EUA ao alcance.

A comunidade internacional continua em alerta, com muitos analistas avaliando que esses testes são não apenas uma demonstração de poder militar, mas também uma forma de o regime norte-coreano tentar pressionar diplomaticamente no cenário global. Como as tensões geopoliticas se desenrolam, todos os olhos estão voltados para os próximos passos da Coreia do Norte e das respostas das potências mundiais.