Conspiração chocante contra o ministro Alexandre de Moraes

247 - Em uma reviravolta surpreendente, a defesa do tenente-coronel Rodrigo Bezerra de Azevedo revelou que o celular apreendido pela Polícia Federal, durante a investigação do plano golpista relacionado ao governo Jair Bolsonaro (PL), era ativo e pertencia ao Comando de Operações Especiais do Exército Brasileiro. Segundo as investigações, essa tentativa de golpe tinha como alvo os altos escalões do governo, incluindo um ataque planejado contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes. Esta é a primeira vez que um dispositivo usado na operação golpista está vinculado oficialmente ao Exército brasileiro, aumentando a gravidade do caso.

O tenente-coronel está detido desde novembro do ano passado, sob suspeita de estar envolvido na conspiração. Conforme reportado pelo Portal Uol, sua defesa sustentou que ele não estava presente em Brasília no dia 15 de novembro de 2022, quando a operação teria sido planejada nas proximidades da residência de Moraes. Além disso, a defesa alegou que ele teve acesso ao aparelho apenas ao ser designado para o comando do Centro de Coordenação de Operações (CCOp) do COPESP.

Investigadores da Polícia Federal detalharam que o esquema golpista era segmentado em seis núcleos, sendo que cada um deles tinha uma responsabilidade específica e interconectada para garantir o sucesso do plano. Durante seu mandato, Jair Bolsonaro tentou incutir na opinião pública a noção de que o Judiciário estava obstruindo seu governo, pontuando que aliados chegaram a sugerir a participação das Forças Armadas na auditoria do processo eleitoral de 2022, no qual Lula venceu com 50,9% dos votos válidos, contra 49,1% de Bolsonaro.

Em um desdobramento significativo no início de 2023, o Tribunal Superior Eleitoral declarou Bolsonaro inelegível por suas declarações insinuando fraudes nas eleições. Na ocasião, o ex-presidente afirmou a embaixadores que o sistema eleitoral era inseguro. Essa declaração acendeu ainda mais as alarmes sobre o respeito à democracia no país, levando partidos da oposição a alegar que se tratava de uma verdadeira tentativa de golpe.

Bolsonaro já enfrenta três inquéritos da Polícia Federal: a conspiração golpista, a suposta fraude em cartões de vacinação e a venda ilegal de joias, que por lei deveriam pertencer ao Estado. Destacando os episódios de 8 de janeiro de 2023, apoiadores de Bolsonaro realizaram ataques sem precedentes na Praça dos Três Poderes, invadindo palácios e tentando desestabilizar o governo, mas foram rapidamente contidos pelas forças de segurança.

A União moveu um processo formal por atos que atentam contra o Estado Democrático de Direito. As investigações estão em andamento no inquérito 4874-DF, relatado pelo ministro Alexandre de Moraes, milhares de manifestantes foram acusados e centenas presos, refletindo a luta contra a impunidade e a defesa da democracia.

Surpreendentemente, a Policia Federal concluiu em novembro de 2024 que as narrativas golpistas do governo anterior contribuíram diretamente para o fracasso do Estado democrático, culminando na violência dos eventos de janeiro.

Você sabe o que é um 'kid preto'?

O termo ‘kid preto’ refere-se àqueles militares que compõem a elite do Exército Brasileiro, notadamente membros do Comando de Operações Especiais (Copesp). Estes agentes são submetidos a treinamentos rigorosos para missões táticas de sabotagem e insurgência, com o apelido derivado do uso de gorros pretos durante suas operações.

Atualmente, mais de 20 dos 40 indiciados na investigação do golpe são militares, e a Procuradoria-Geral da República, sob a liderança de Paulo Gonet, está examinando minuciosamente as evidências após receber denúncias cruciais da Polícia Federal. O que mais estará por vir neste caso explosivo? Fique ligado para as atualizações!