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Conseguimos Adiar o Envelhecimento? Estudo Revolucionário com Ratos Aponta Soluções Promissoras!
2025-01-27
Autor: Fernanda
Cientistas do mundo todo estão empolgados com uma nova pesquisa que pode mudar o conceito de envelhecimento! O foco do estudo foi a senescência celular, um fenômeno crucial que determina quando as células param de se dividir e, consequentemente, sinaliza o início do envelhecimento.
A senescência acelera a degradação dos tecidos, fazendo com que esses comecem a liberar citocinas, substâncias que levam a inflamações. Isso resulta em um aumento nas doenças, como câncer, problemas cardiovasculares, diabetes e até perda da capacidade cognitiva, como no caso da demência.
O grande objetivo dos pesquisadores era reverter o tempo celular: fazer com que as células voltassem a um estágio anterior à senescência. Estudos anteriores já haviam indicado que algumas moléculas de microRNA, que são sequências de RNA responsáveis pela regulação de genes, poderiam atuar na defesa do organismo e até mesmo combater células cancerígenas.
No experimento inovador, uma equipe de pesquisadores identificou a molécula de RNA miR-302b, que mostrou potencial para restaurar a capacidade de reprodução das células. Para isso, eles utilizaram exossomos — pequenos pacotes derivados de células-tronco embrionárias que transportam RNA. Esses exossomos foram utilizados para tratar células e tecidos que haviam chegado à senescência.
Os cientistas realizaram os testes em ratos de 20 a 25 meses, o que equivaleria a 60 a 70 anos de vida humana. Em um dos grupos, os pesquisadores injetaram exossomos normais, enquanto outro grupo recebeu aqueles enriquecidos com miR-302b, responsável por influenciar dois genes envolvidos na divisão celular. Um terceiro grupo serviu como controle e recebeu apenas solução salina.
Os resultados foram impressionantes: os ratos que receberam o tratamento viveram, em média, quatro meses e meio a mais do que os do grupo controle. Além disso, eles recuperaram a pelagem, mantiveram um peso saudável, demonstraram melhor equilíbrio em rodas giratórias e conseguiram manipular objetos com mais força. Enquanto isso, os ratos do grupo controle continuaram a apresentar os efeitos do envelhecimento e a deterioração de suas capacidades.
O tratamento com miR-302b não só prolongou a vida dos ratos como melhorou suas funções físicas e cognitivas, reduzindo significativamente os marcadores do envelhecimento. As análises mostraram que os roedores tratados apresentaram níveis mais baixos de proteínas inflamatórias em seu sangue e navegaram mais rapidamente por labirintos aquáticos, indicando um desempenho cognitivo superior.
De acordo com Guangju Ji, biofísico da Academia Chinesa de Ciências e um dos líderes do estudo, as descobertas representam um grande avanço. Contudo, ele alertou que ainda são necessárias mais pesquisas para avaliar os efeitos de manipulações celulares desse tipo em seres humanos, já que vivemos significativamente mais do que os ratos. A expectativa é que esses estudos possam eventualmente resultar em medicamentos que ajudem a atrasar o envelhecimento e proporcionem uma vida mais saudável e longa.