O tenso debate da Prefeitura de São Paulo, realizado no dia 23 de outubro, terminou em reviravoltas inesperadas, incluindo agressões e a expulsão do candidato Pablo Marçal (PRTB). Um vídeo exclusivo do g1 revela os momentos de tensão que se desenrolaram no estúdio do Grupo Flow.

Tudo começou quando Marçal, já em desacordo com o mediador Carlos Tramontina, ofendeu seu oponente, Ricardo Nunes (MDB), chamando-o de "bananinha". Isso levou à sua primeira advertência. Após uma breve pausa, Marçal desafiou Nunes novamente, afirmando que o colocaria na cadeia. O clima esquentou, e a provocação resultou na segunda advertência para o candidato.

Quando restavam apenas 16 segundos para o fim de sua fala, Marçal fez uma nova ofensa, chamando Nunes de "banana" e, em um ato determinado, foi expulso do debate. O público aplaudiu sua saída, e a deputada Tabata Amaral (PSB) não hesitou em comentar: "Parabéns, fez o showzinho".

Assim que Marçal deixou o palco, a tensão continuou quando Nahuel Medina, cinegrafista de Marçal, começou a discutir com Duda Lima, marqueteiro de Nunes. Em um momento inesperado, Medina desferiu um soco no rosto de Lima, resultando em um corte que exigiu seis pontos e deixou o marqueteiro ensanguentado. O caos se instaurou no estúdio com a intervenção da segurança e a interrupção da transmissão.

Após o ataque, Nahuel Medina foi cercado e precisou chamar a polícia para registrar sua versão dos fatos, destacando que se tratava de um ato de defesa, afirmando que Lima havia sido o agressor inicial ao tentar tomar seu celular. A alegação de defesa foi acompanhada por outras queixas, incluindo arranhões que Medina supostamente sofreu na briga.

Duda Lima, por sua vez, negou que tenha agredido Medina, afirmando que estava apenas tentando interromper a gravação em que Medina filmava o conflito. O advogado de Lima chamou a atenção para a falta de civilidade da equipe de Marçal durante o confronto.

A Secretária de Segurança Pública de São Paulo (SSP) relatou que apenas um boletim de ocorrência foi registrado, referente à agressão de Lima. O caso está sob investigação, com diversas partes já prestando depoimento.

Ambos os lados do conflito, Marçal e Nunes, expressaram preocupação com a escalada de violência. Marçal assim descreveu o incidente: "Duda Lima perdeu o controle e, de maneira inaceitável, agrediu o assessor Medina; destacamos a importância do autocontrole em ambientes de debate". Enquanto isso, Nunes classificou o ato como covarde e extremamente lamentável.

Os acontecimentos dessa noite tumultuada não só deixaram marcas físicas, como também levantaram questões sobre a ética e a civilidade nos debates políticos, num momento crítico para a corrida eleitoral em São Paulo.