O clima esquentou na final da Copa do Brasil entre Atlético-MG e Flamengo, na Arena MRV, quando torcedores tentaram invadir o gramado após o gol da equipe carioca. A situação se agravou com uma série de conflitos entre torcedores do Atlético, que estavam visivelmente irritados com o desempenho do time.

A cena mais chocante do evento foi a explosão de uma bomba que atingiu o fotógrafo Nuremberg José Maria, de 67 anos. De acordo com informações preliminares, ele sofreu fraturas em três dedos do pé e cortes significativos. O fotógrafo recebeu atendimento médico, teve o pé enfaixado e deve passar por cirurgia nos próximos dias. Um colega de profissão, que preferiu não se identificar, revelou que a segurança na Arena já havia sido motivo de reclamação por parte da Associação dos Repórteres Fotográficos e Cinematográficos de Minas Gerais, que alertou o Atlético sobre a falta de proteção para os jornalistas durante eventos de alto risco.

A confusão se espalhou rapidamente pela arquibancada, resultando em vandalismo e tumultos que culminaram na intervenção da segurança. De acordo com a súmula da partida, a equipe de arbitragem relatou vários incidentes durante e após a vitória do Flamengo por 1 a 0.

Com a repercussão negativa dos eventos, há expectativa de que o Atlético seja denunciado pela Procuradoria do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). Rafael Menin, um dos acionistas da SAF do Galo, foi questionado sobre a segurança e apenas pediu que se falasse sobre o jogo, desviando do assunto das perturbações.

A Federação Mineira de Futebol (FMF) se manifestou, expressando solidariedade ao fotógrafo Nuremberg e desejando a ele uma rápida recuperação. Esse incidente levanta questões sérias sobre a segurança nos estádios e as responsabilidades dos clubes na proteção não apenas de seus torcedores, mas também dos profissionais que trabalham no local.