Mundo

Conflito em alta: Israel intensifica ataques ao Hezbollah, resultando em numerosas mortes no Líbano

2024-09-29

No último domingo (29), Israel lançou uma ofensiva direcionada a dezenas de alvos do Hezbollah, no que continua a ser uma escalada de confrontos na região. Desde a segunda-feira (23), aproximadamente 500 vidas foram perdidas em um dos períodos mais sangrentos no Líbano desde a guerra de 2006 entre Israel e o grupo militante. O Hezbollah também tem realizado ataques aéreos, muitos dos quais têm sido interceptados pelas forças israelenses.

A agência de notícias local, com base em dados da Organização das Nações Unidas (ONU), informou que o número de pessoas deslocadas pelo conflito superou 211 mil, representando uma duplicação significativa em apenas alguns dias.

As Forças Armadas de Israel relataram que, nas últimas horas, dezenas de alvos no Líbano foram atacados, incluindo armazéns de armas e locais de lançamento de mísseis destinados a Israel. Somente no dia anterior, os subúrbios de Beirute, capital do Líbano, foram alvo de bombardeios intensos.

Conforme comunicado divulgado no aplicativo Telegram, a Defesa Israelense continuará suas operações para degradar e desmantelar as capacidades do Hezbollah, com um foco específico na infraestrutura militar do grupo.

Neste mesmo dia, um navio de guerra da Marinha israelense interceptou um drone que se aproximava do território israelense vindo da área do Mar Vermelho.

O Ministério da Saúde do Líbano anunciou que 33 pessoas foram mortas em ataques israelenses no sábado, elevando o número de mortos desde o início do conflito, em 8 de outubro, para mais de 1,6 mil, incluindo 104 crianças.

Um marco importante neste conflito foi a morte do líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, que ocorreu em um ataque nos subúrbios de Beirute na sexta-feira (27). Nasrallah, que liderava o Hezbollah desde 1992, era uma figura influente e temida no Oriente Médio. O primeiro-ministro israelense classificou sua eliminação como um movimento essencial para alterar o equilíbrio de poder na região, afirmando que "nosso trabalho não terminou, dias desafiadores estão à frente."

Além de Nasrallah, outros nove líderes do Hezbollah teriam sido eliminados pelas Forças de Defesa de Israel, incluindo Nabil Kaouk, um membro sênior do grupo. O Hezbollah não comentou oficialmente sobre a morte de Kaouk, mas suas bases têm expressado luto nas redes sociais.

Benjamin Netanyahu, Primeiro-Ministro de Israel, não poupou palavras ao descrever Nasrallah como o "principal motor do eixo do mal do Irã." Na visão dele, a morte do líder do Hezbollah permite que Israel avance em direção à libertação de reféns sequestrados na Faixa de Gaza, especialmente após a trágica série de ataques que começaram em 7 de outubro.

O exército israelense está mobilizando tropas em uma possível incursão terrestre no Líbano, com duas brigadas e três batalhões da reserva sendo ativados, embora ainda não tenha sido confirmada uma operação no terreno.

De acordo com o Ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, a guerra não é contra o povo libanês, mas sim contra aqueles que representam uma ameaça à segurança israelense, enfatizando que a luta deve estar focada na eliminação de adversários armados.

Os ataques no Líbano e em Gaza são parte de um ciclo de violência que se intensificou desde os ataques do Hamas, que mataram mais de 1.200 israelenses e resultaram em centenas de sequestrados, levando Israel a contra-atacar em Gaza. A situação humanitária na região é alarmante, com um número crescente de vítimas civis e deslocados aumentando a cada dia. A comunidade internacional observa de perto, enquanto apelos por um cessar-fogo aumentam.