Na madrugada deste sábado, 26 de outubro de 2024, Israel anunciou que encerraram a série de ataques aéreos ao Irã, que começaram na sexta-feira (25). Através de um comunicado, as Forças de Defesa de Israel (FDI) afirmaram que as ações foram uma resposta aos ataques iranianos contra Israel e seus cidadãos, ocorridos nos últimos meses. ‘O ataque retaliatório foi concluído e a missão foi cumprida', diz o texto oficial.

O governo iraniano classificou os ataques israelenses como tendo causado ‘danos limitados’, sem fornecer detalhes específicos. Segundo a agência semi-estatal Tasnim, o Irã se diz pronto para uma retaliação. Um porta-voz do governo declarou que ‘não há dúvida’ de que os israelenses enfrentarão uma ‘resposta apropriada a qualquer movimento’ contra o Irã.

De acordo com as FDI, os ataques na sexta-feira foram ‘precisos e direcionados a alvos militares’, localizados no território iraniano, com a intenção de neutralizar os locais utilizados para a fabricação de mísseis que foram disparados contra Israel. Os bombardeios atingiram áreas em Teerã e nas províncias de Khuzestan e Ilam, enquanto o Irã afirmou que seu sistema de defesa aérea foi ativado e conseguiu interceptar os projéteis lançados.

Relatos da agência de notícias oficial iraniana, IRNA, indicam que dois soldados iranianos perderam a vida durante os ataques. As FDI destacaram que o Irã lançou centenas de mísseis contra Israel em pelo menos dois ataques significativos em abril e outubro, e alegaram que o país ‘financia e orienta atividades terroristas’ por toda a região do Oriente Médio.

O ataque de 1º de outubro já havia sido um marco: considerado o segundo maior em termos de mísseis disparados e o mais destrutivo da história. Quase 200 projéteis balísticos foram lançados do Irã a uma distância de 1.585 km, causando estragos consideráveis. Em Tel Aviv, veículos foram danificados e crateras profundas foram abertas, resultando na morte confirmada de um palestino na Cisjordânia, que foi atingido por fragmentos de mísseis.

As tensões entre Israel e Irã não são novas. Desde a fundação de Israel em 1948, as relações entre os dois países passaram por diversas fases, inicialmente com um reconhecimento limitado do regime do Xá iraniano. Porém, após a Revolução Islâmica de 1979, quando o regime dominado por aiatolás adotou uma postura anti-Israel, as relações diplomáticas foram cortadas, levando a um estado de confrontação permanente.

O porta-voz das FDI, Daniel Hagari, afirmou em pronunciamento que o Irã ‘continua a pressionar’ para um aumento das hostilidades na região. Ele destacou que os ataques enviados eram uma ‘mensagem clara’ de que aqueles que ameaçam Israel pagarão um ‘alto preço’.

Neste cenário crescente de tensão, a situação parece cada vez mais volátil, e observadores internacionais temem que a escalada de violência possa levar a um conflito mais amplo que impactará a já instável geopolítica do Oriente Médio. O mundo aguarda a resposta do Irã, que pode direcionar a próxima fase deste conflito, exigindo atenção extrema das autoridades globais.