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Como mistérios aéreos estão sinalizando a ascensão militar da China

2025-01-16

Autor: Ana

Os últimos dias de 2024 foram marcados por um impacto significativo no cenário geopolítico, com o vazamento de imagens que revelam novos aviões de combate chineses. Esses jatos oferecem uma atualização chocante na frota militar da China e levantam preocupações sobre a supremacia dos Estados Unidos na fabricação de aeronaves militares. Especialistas especulam que a China pode estar entrando na era da sexta geração de caças, um movimento que poderia alterar o equilíbrio de poder aéreo mundial.

Desde a introdução de caças de quinta geração como o F-22 e o F-35 dos EUA, e o J-20 e J-35 da China, a corrida armamentista tem estado em plena expansão. Os novos modelos revelados apresentam recursos tecnológicos que superam as expectativas, prometendo capacidades furtivas e sistemas automáticos de controle que podem mudar a forma como as guerras aéreas são conduzidas.

Imagens capturadas mostram uma aeronave voando sobre as instalações da Chengdu Aircraft Corporation (CAC), a principal fabricante de caças da China. As similitudes de design com um conceito apresentado no Zhuhai Airshow de 2022 são inegáveis, mas o tamanho aumentado destas aeronaves em relação ao J-20 tradicional sugere um salto significativo em capacidade. Especialistas do site The Aviationist relataram que os novos caças possuem três motores centrais e asas em formato delta, projetadas para maximizar performance e manobrabilidade.

O design sem cauda poderia indicar uma mudança na abordagem da China, com aeronaves que utilizam computadores avançados para manter sua estabilidade, em vez de estabilizadores verticais. Esses projetos de caças sem cauda estão se tornando cada vez mais populares por serem extremamente difíceis de serem detectados por radares, o que sugere que esses jatos podem ser utilizados em missões furtivas de alta importância.

Em meio a essa revelação, o KJ-3000, uma aeronave radar de alerta antecipado, também foi flagrado. Este aparelho não só atua na detecção de ameaças, mas também coordena operações e compartilha dados entre os aviões em voo, potencializando a eficácia da força aérea chinesa. Equipado com uma sofisticada tecnologia de radar com matriz digital, o KJ-3000 promete detecções aprimoradas, incluindo a capacidade de rastrear bombardeiros furtivos como o F-22 e o B-21 dos EUA.

Os voos de teste ocorreram em uma data simbólica: 26 de dezembro, que marca o aniversário de Mao Tsé-Tung, o fundador da República Popular da China, ressaltando o simbolismo militar dessas manobras.

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Após a divulgação das imagens, as ações da Lockheed Martin, fabricante dos caças F-35, caíram 0,8%, refletindo o desconforto do mercado frente às ameaças de modernização da frota aérea chinesa. O analista Scott Deuschle, do Deutsche Bank, reavaliou suas expectativas e mudou a recomendação de “comprar” para “manter”, ajustando a meta do preço das ações de US$ 611 para US$ 523.

Esse movimento é alarmante porque muitos acreditam que os novos modelos chineses podem estar à frente das suas contrapartes norte-americanas, especialmente considerando que os EUA estão atrasados no desenvolvimento do programa Next Generation Air Dominance (NGAD).

O Pentágono, percebendo a crescente força aérea da China, declarou que a força aérea e a aviação naval do país representam a maior força na região Indo-Pacífica, reconhecendo a China como a principal preocupação da segurança nacional americana.

Outras potências ocidentais, como Reino Unido, Itália e Japão, estão reagindo a essa escalada militar. Elas se uniram para desenvolver um caça de sexta geração no âmbito do projeto "Global Combat Air Program", com o modelo britânico Tempest planejado para substituir o Typhoon até 2035. A corrida por avanço tecnológico e controle aéreo é mais intensa do que nunca, e o mundo observa atentamente como esses desdobramentos continuarão a moldar o futuro da aviação militar.