Tecnologia

Como a Tecnologia Está Revolucionando a Cirurgia de Parkinson?

2025-01-07

Autor: Matheus

Nos últimos anos, o tratamento cirúrgico da doença de Parkinson tem se transformado radicalmente, especialmente com a adoção de tecnologias de ponta. A estimulação cerebral profunda (DBS) mostrou-se extremamente eficaz na mitigação de sintomas primordiais, como tremores, rigidez e bradicinesia. Agora, o advento de sistemas robóticos, como o Loop-X Brainlab, está prestes a elevar o padrão da cirurgia, tornando-a ainda mais precisa e eficiente.

O Hospital Moinhos de Vento, localizado em Porto Alegre, Brasil, fez história ao realizar a primeira cirurgia deste tipo na América Latina em novembro de 2023. Esta intervenção inovadora representa um marco não apenas para a medicina brasileira, mas também para o tratamento da doença de Parkinson em níveis moderados a avançados, onde as opções de tratamento medicamentoso são frequentemente limitadas.

Revolução na Cirurgia de Parkinson: Como a Tecnologia Está Mudando o Jogo?

A estereotaxia, um método de precisão cirúrgica, fundamenta a DBS. Com a constante evolução tecnológica, as cirurgias tornaram-se mais eficazes e menos invasivas. O Loop-X Brainlab combina tomografia portátil com tecnologias avançadas, proporcionando imagens detalhadas em tempo real durante a operação, o que não só reduz o tempo da cirúrgica, mas também aumenta a segurança do procedimento.

Um dos principais obstáculos na DBS é a necessidade de manter o paciente acordado durante a cirurgia. Essa abordagem permite a comunicação e a realização de testes de movimento, fundamentais para garantir a colocação precisa dos eletrodos. No entanto, isso pode ser estressante para o paciente, ressaltando a importância de otimizar cada etapa da cirurgia para garantir a melhor experiência possível.

Quais São os Verdadeiros Benefícios da Cirurgia para o Paciente?

A possibilidade de melhoria significativa dos sintomas é uma das principais vantagens associadas à cirurgia de Parkinson. Estudos revelam que os pacientes podem ter uma redução média de 70% a 80% nos tremores, 60% a 70% na rigidez e na lentidão dos movimentos. Com a implementação do Loop-X Brainlab, que possibilita a realização de tomografias durante o procedimento, a precisão na colocação dos eletrodos é potencializada, resultando em uma cirurgia mais eficaz.

Além das melhorias clínicas, a instalação do aparelho diretamente na sala de cirurgia elimina a necessidade de movimentar o paciente para outras áreas para obtenção de imagens. Isso minimiza o desconforto e os riscos associados ao transporte durante a cirurgia. A capacidade de fazer uma segunda tomografia em tempo real confirma a exatidão da posição dos eletrodos, assegurando melhores resultados pós-operatórios.

Quem Pode Se Submeter à Cirurgia de Parkinson?

Os candidatos à cirurgia são selecionados com base em uma combinação de fatores. Para ser considerado elegível, o paciente deve ter um diagnóstico de Parkinson por pelo menos cinco anos, apresentar perda na eficácia dos medicamentos ou apresentar complicações motoras significativas. Em geral, pacientes com menos de 75 anos e em razoável estado de saúde são os mais indicados para essa intervenção.

Vale ressaltar que a cirurgia não é uma cura definitiva para a doença de Parkinson, mas sim uma alternativa que pode oferecer qualidade de vida ao paciente. Profissionais da saúde recomendam acompanhamento continuo e reabilitação após o procedimento para maximizar os benefícios da cirurgia.