Na última final da Copa do Brasil, ocorrida no último domingo, a Arena MRV foi cenário de graves incidentes que mobilizaram a atenção de todos. O CEO do Atlético Mineiro, Bruno Muzzi, prestou declarações lamentando os eventos, prometendo uma revisão profunda dos protocolos de segurança do estádio.

"É inaceitável o que aconteceu na Arena MRV. Não vamos nos isentar de culpa; erramos e vamos assumir. Implementaremos novas medidas, mais severas, para garantir que isso não se repita dentro da nossa casa", declarou Bruno.

O clube já identificou alguns infratores que sofrerão penalidades rigorosas, e na ocasião do jogo, 16 torcedores foram detidos pela Polícia Militar—12 deles foram detidos por incitação ao tumulto, ameaças e racismo.

O Atlético está em total colaboração com as autoridades de segurança pública para investigar todos os crimes cometidos. Representantes da Polícia Militar compareceram à Arena MRV na segunda-feira para continuar os trabalhos de identificação e punição dos responsáveis pelos incidentes.

Além disso, o Clube iniciou a assistência ao fotógrafo Nuremberg José Maria, que foi atingido por um artefato. O presidente Sérgio Coelho visitou o profissional na manhã da última terça-feira e o Atlético se comprometeu a cobrir todas as despesas médicas decorrentes do incidente.

Bruno Muzzi mencionou que medidas de segurança estão sendo estudadas, incluindo a instalação de vidros no setor Brahma, próximo ao campo, para impedir arremessos de objetos e uma revisão dos protocolos de acesso ao perímetro do estádio. A segurança ao redor da Arena MRV será reforçada.

O CEO também expressou pesar pela hostilidade enfrentada pela delegação do Flamengo, ressaltando que esse comportamento foge ao espírito esportivo que prevaleceu no jogo de ida. Muzzi reconheceu que a execução do Hino do Galo após a partida foi um erro, afirmando que o clube precisa aprender a ganhar e perder com dignidade.

Em meio à comoção dos eventos, a segurança da Arena MRV contou com um efetivo excepcional de seguranças, quase o dobro do normal, totalizando mais de 700 agentes; no entanto, Muzzi destacou que isso não foi suficiente para evitar os tumultos. Bandidos infiltrados entre os torcedores conseguiram invadir áreas sensíveis da arena, promovendo ações organizadas que culminaram em conflito.

Além disso, ele defendeu uma reavaliação da presença da Polícia Militar nos estádios, enfatizando a necessidade de tratar a força policial como um elemento central na segurança de eventos esportivos e não apenas um reforço.

Bruno Muzzi foi questionado sobre a possibilidade de a Procuradoria do STJD solicitar a interdição da Arena MRV. Embora o clube esteja disposto a aceitar punições, ele não hesitará em se defender no tribunal.

"Não vamos nos isentar de culpa, reconhecemos nossos erros e iremos estabelecer medidas mais rigorosas em nossos protocolos de segurança. A selvageria que se viu no último jogo não pode acontecer novamente. â Estamos prontos para nos defender e esperamos que qualquer punição seja justa e proporcional aos casos semelhantes já ocorridos", finalizou.

O que acontecerá com o Atlético Mineiro e suas medidas de segurança após esse incidente? Acompanhe nossas atualizações!