Saúde

"Cinco Meses Após a Mastectomia, Completei Minha Primeira Corrida de 10 km!"

2025-09-12

Autor: Carolina

Uma História de Superação Incrível

Em 2016, a fisioterapeuta Roberta Perez, então com 27 anos, tinha uma rotina agitada trabalhando em uma UTI cardiológica em São Paulo. A vida de Roberta mudou drasticamente quando, de forma inesperada, recebeu o diagnóstico de câncer de mama.

A Descoberta que Mudou Tudo

Roberta, que hoje tem 35 anos, revela que não cuidava da sua saúde como deveria. Com uma rotina pesada de trabalho e hábitos pouco saudáveis, como fumar e beber, ela se sentia culpada por não realizar exames médicos. Foi após ver uma amiga compartilhar sobre sua própria experiência com câncer de mama que a ideia de fazer um exame surgiu. O resultado? Um nódulo identificado rapidamente.

"Fiz o teste de toque e, ao sentir o nódulo no seio, procurei ajuda médica. Não demorou para a triste confirmação da doença chegar. Comecei a quimioterapia poucos dias depois", contou.

Desafios Durante o Tratamento

Os efeitos da quimioterapia foram severos: enjoos, dores no corpo e exaustão dominaram sua vida. Mas em meio ao tratamento, Roberta decidiu que precisava cuidar de si mesma. Após um passeio no parque, sua alma encontrou remédio na caminhada, e ela começou a se movimentar mais.

Com a orientação médica, Roberta implementou uma rotina de exercícios, misturando musculação e corridas. Em questão de meses, superou todos os desafios e correu 10 km.

Uma Corrida Para Celebrar a Superação

"Cinco meses depois da mastectomia, participei da minha primeira corrida de 10 km. Senti um orgulho imenso. Sempre odiei musculação, mas sabia que precisava mudar meu estilo de vida com urgência. Durante meu tratamento, fiz 16 sessões de quimioterapia e passei por quatro cirurgias", lembra.

Virando uma Voz de Esperança

Transcendendo sua jornada pessoal, Roberta se tornou uma ativista pela causa das mulheres mastectomizadas. "A falta de informação é alarmante. Muitos médicos ainda alertam sobre restrições em levantar pesos ou movimentar o braço, quando estudos recentes contrariam isso. A medicina precisa se atualizar para atender as jovens sobreviventes do câncer".

Desde 2018, após finalizar seu tratamento, Roberta se dedicou a conscientizar outras mulheres sobre a importância do diagnóstico precoce e o autocuidado.

Uma Mãe Corajosa

Contra todas as probabilidades, Roberta engravidou duas vezes naturalmente, mesmo temendo pela volta da doença. Em sua primeira gravidez, as incertezas a acompanharam, e ela enfrentou a difícil tarefa de encontrar apoio médico adequado. "Nem todos os ginecologistas estão preparados para lidar com mulheres que passaram pelo câncer", desabafa.

A amamentação trouxe seus próprios desafios, mas com o auxílio certo, Roberta pôde nutrir seu bebê. Este ano, ela celebrou a chegada de mais um filho em um momento de plena remissão.

Vida Após o Câncer

Hoje, Roberta vive uma vida saudável, integrando exercícios à sua rotina e mantendo acompanhamento médico. Apesar de ter enfrentado novos nódulos benignos, ela brilha com saúde e resiliência.

"Ser sobrevivente não significa ter a vida definida pelo câncer, mas sim reconhecer que uma nova jornada começou. Meu orgulho não vem da doença, mas da força que encontrei em mim mesma. Mesmo diante do preconceito, sigo firme e orgulhosa do caminho que percorri. Cada passo dado tem um significado único", conclui.