Ciência

Cientistas Revelam os Segredos do Concreto Romano 'Autocicatrizante': Uma Revolução das Construções!

2024-10-27

Autor: Maria

Em junho deste ano, o Ministério da Cultura da Itália anunciou uma escavação empolgante nas ruínas de Pompeia, revelando uma nova sala que ainda não foi aberta ao público. Arqueólogos de todo o mundo ficaram maravilhados ao encontrar paredes adornadas com uma tinta azul brilhante e afrescos de impressionante preservação, datados de quase 2.000 anos atrás.

Entretanto, o químico Admir Masic, do MIT, direcionou seu foco para um montículo de areia bege que parecia comum para a maioria das pessoas. Esse material, no entanto, era uma peça fundamental na arquitetura do Império Romano, servindo como precursor do concreto que sustentava grandes obras como os aquedutos que transportavam água até cidades como Pompeia. "Esse avanço tecnológico não apenas moldou Roma, mas permitiu que a civilização romana se expandisse e prosperasse", afirmou Masic.

O concreto moderno, que se baseia em cimento Portland e foi desenvolvido no século 19, é o material de construção mais utilizado atualmente. Embora seja conhecido por sua resistência e baixo custo, não é tão durável quanto o concreto romano, que, ao longo de décadas, continua robusto sem apresentarem fissuras significativas. O concreto moderno, ao contrário, tende a desenvolver rachaduras, permitindo a infiltração de água que pode comprometer sua integridade.

Além disso, a produção de concreto moderno é uma das principais responsáveis pelas emissões de dióxido de carbono, contribuindo com 8% das emissões globais. Diante desse cenário, pesquisadores como Masic buscam aprender com as técnicas romanas para desenvolver um concreto mais sustentável e durável.

"O concreto romano, especialmente o utilizado em estruturas marinas, demonstrou uma resistência ímpar aos ambientes mais severos, sem manutenção ao longo dos séculos", destacaram especialistas como a geóloga Marie Jackson, da Universidade de Utah.

Recentemente, Masic e sua equipe exploraram a composição do concreto romano e descobriram que ele possuía características 'autocicatrizantes'. Essa propriedade advém de uma mistura de silicatos de aluminato de cálcio hidratados. Segundo Masic, a técnica romanas permitiu criar 'reservatórios' de cálcio que preenchem fissuras ao longo do tempo. À medida que as rachaduras se formam, a água infiltra-se e dissolve o cálcio, gerando carbonato de cálcio sólido que totalmente preenche as quebras.

Ao contrário do que se pensava, Masic acredita que esses fragmentos de cálcio não eram resíduos, mas sim uma parte intencional da tecnologia usada pelos romanos, conhecida como mistura quente. Esse método envolvia o uso de cal virgem, que gera calor quando misturada com cinzas vulcânicas, acelerando o processo de endurecimento do concreto e criando as tão procuradas propriedades autocicatrizantes.

Enquanto isso, a geóloga Jackson sugere que a verdadeira magia do concreto romano reside no uso da pozolana, uma cinza vulcânica que ativava reações químicas essenciais, garantindo a durabilidade sem igual do material. Os compostos formados pela interação da cal e da pozolana atuavam como uma 'cola' resistente que endurecia com o passar do tempo, criando estruturas incríveis que resistiram até mesmo ao teste do tempo.

Em resumo, o estudo contínuo dos segredos do concreto romano não só pode ajudar na construção de obras mais sustentáveis e duráveis, mas também pode revolucionar a indústria da construção civil moderna. Aprender com o que os antigos romanos alcançaram é vital para enfrentar os desafios contemporâneos relacionados ao meio ambiente, e quem sabe, redescobrir as chaves para um futuro mais verde!