Uma equipe de astrofísicos do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) e do Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech) fez uma descoberta revolucionária: o primeiro sistema triplo de buracos negros do universo!

Em um artigo surpreendente publicado na renomada revista Nature, os pesquisadores relataram a presença de um buraco negro central que está absorvendo material de uma estrela menor que orbita ao seu redor a cada 6,5 dias. Mas isso não é tudo! Uma segunda estrela, localizada a uma distância impressionante, completa o sistema, fazendo uma órbita a cada 70.000 anos. Essa configuração peculiar deixa os cientistas perplexos e questionando as teorias tradicionais sobre a formação dos buracos negros, que costumam ser considerados resultado das explosões violentas de estrelas moribundas — as supernovas.

Entenda que esses sistemas normalmente consistem em pares de buracos negros e estrelas que dançam gravitacionalmente em um balé cósmico. Entretanto, este sistema triplo desafia completamente essa noção e abre novas portas para a compreensão da evolução dos buracos negros. E mais: a equipe de pesquisa acredita que a descoberta pode sinalizar a existência de outros sistemas triplos em galáxias distantes!

Ainda há muitas perguntas sem resposta, especialmente sobre como o buraco negro central exerce influência gravitacional sobre uma estrela tão distante. "Esta descoberta é um chamado para revisitar nossas crenças sobre a formação de buracos negros", afirmou Kevin Burdge, um dos principais autores do estudo.

A análise se origina de observações detalhadas do buraco negro V404 Cygni, localizado a cerca de 8.000 anos-luz da Terra. V404 é um dos buracos negros mais estudados da nossa galáxia e, até então, não havia sido relatado um sistema deste tipo em seus arredores. Durante a observação, Burdge discerniu duas manchas brilhantes de luz: uma origem conhecida e outra, a princípio estranha, que acabou sendo identificada como uma estrela distante.

Utilizando dados do telescópio espacial Gaia, que monitora os movimentos estelares com precisão desde 2014, os cientistas confirmaram que as estrelas se moviam juntas de forma excepcional, com chances de uma coincidência dessa magnitude em cerca de uma em dez milhões!

"Estamos testemunhando um fenômeno raro e excitante. Estamos vendo duas estrelas que se movem juntas devido a uma fraca união gravitacional. Portanto, isso deve ser um sistema triplo!", concluiu Burdge. Prepare-se, pois essa descoberta pode mudar a forma como entendemos o cosmos e a complexidade dos buracos negros. O que mais o universo pode nos surpreender? A resposta pode estar nas estrelas!