Cientistas almejam trazer espécies extintas de volta à vida até 2030; entenda as promessas e as controvérsias
2024-10-30
Autor: Carolina
Desextinção: Sonho ou realidade?
🌍 Imagine um enredo cinematográfico em que um grupo audacioso de cientistas se une para ressuscitar espécies extintas, utilizando as mais avançadas técnicas de engenharia genética. Se você pensa que isso é só ficção, esteja preparado para a realidade surpreendente.
Na verdade, este é o objetivo de pesquisadores de renome, ansiosos para trazer de volta o mamute-lanoso, o lobo-da-tasmânia, o dodô e o pombo-passageiro, utilizando métodos inovadores e, por vezes, controversos. A iniciativa, movida pela esperança de reestabelecer o equilíbrio ecológico e evitar novas extinções em massa, ainda provoca intensos debates éticos e práticos.
Ben Novak, cientista-chefe da Revive & Restore, enfatiza que a biotecnologia pode transformar a conservação da biodiversidade. Contudo, especialistas como Luíz Fábio Silveira, vice-diretor do Museu de Zoologia da USP, alertam que esses esforços podem desviar recursos que poderiam ser usados para salvar espécies vulneráveis que ainda existem.
Projetos em destaque
💡 Entre as propostas, a Revive & Restore e a Colossal Biosciences são as mais proeminentes, trabalhando em diferentes projetos voltados para a desextinção. A Revive é reconhecida por seu foco na clonagem de espécies em extinção, como o pombo-passageiro, que se espera restaurar até 2040, enquanto a Colossal pretende ressuscitar o mamute-lanoso até 2028, utilizando células-tronco de elefantes.
O projeto do mamute envolve a edição de genes de células de elefantes para que elas se tornem híbridas. Porém, a viabilidade real dessas iniciativas ainda é questionada, já que o tempo e os desafios técnicos são enormes.
Além do mamute, a Colossal pretende trazer de volta o dodô, uma vez que seu DNA já foi sequenciado a partir de restos preservados. A ideia é usar galinhas como "mães" para criar embriões híbridos e reintroduzi-los ao habitat.
O projeto Tauros, por outro lado, busca ressuscitar o auroque, utilizando cruzamentos seletivos, enquanto o projeto Quagga se dedica a recriar uma subespécie de zebra extinta através de métodos similares.
Desafios e preocupações
🔍 Especialistas advertem que mesmo que a tecnologia evolua e novas técnicas sejam desenvolvidas, a desextinção pode não ser uma solução viável para os problemas de conservação em um mundo onde os habitats naturais foram profundamente alterados e as ameaças que levaram à extinção continuam existindo.
Além disso, a reintrodução de espécies extintas pode reativar patógenos antigos e desequilibrar ecossistemas modernos. Ao mesmo tempo, há preocupações sobre criar organismos híbridos, que poderiam não se comportar da mesma forma que suas contrapartes ancestrais.
As questões éticas levantadas são muitas. Defensores da conservação argumentam que a prioridade deve ser preservar as espécies que ainda habitam o planeta, em vez de focar em ressuscitar aquelas que já partiram. O consenso é que, antes de investir em desextinções, é fundamental abordar as causas das extinções atuais e os métodos de conservação mais eficazes.
Futuro da desextinção
🌿 Entre sonhos e realidades, o futuro da desextinção continua incerto, mas certamente irá provocar novas discussões nas próximas décadas. Afinal, será possível trazer os maravilhosos mamutes de volta à vida, ou é apenas mais uma fantasia científica?