Os lobos-terríveis, também conhecidos como Canis dirus, foram predadores icônicos que habitaram as Américas durante a era do Pleistoceno. Seus fósseis foram encontrados em locais que incluem a Venezuela, os Estados Unidos e o Canadá. Embora não fossem tão grandes quanto os lobos-cinzentos contemporâneos, esses animais impressionantes pesavam cerca de 80 quilos e se alimentavam de presas majestosas, como bisões-antigos e mastodontes.

O renascimento dessa espécie há muito extinta tornou-se possível graças à reconstrução completa do genoma do lobo-terrível, usando DNA extraído de fósseis com até 72 mil anos de idade. Os cientistas, utilizando tecnologias avançadas de edição genética via CRISPR, conseguiram reintroduzir essa espécie fascinante ao mundo. Os primeiros filhotes, chamados Rômulo, Remo e a fêmea Khaleesi — em homenagem à famosa personagem da série Game of Thrones — nasceram com apenas seis meses de diferença entre eles.

A empresa Colossal, responsável por este marco científico, celebra essa realização como um grande passo não apenas para a ciência, mas também para a conservação e restauração ecológica. Em um comunicado, a companhia afirmou: “Desde o início, nossa missão foi clara: revolucionar a história e ser a primeira empresa a usar a tecnologia CRISPR com sucesso na desextinção de espécies perdidas.” Com o início dos primeiros uivos de Rômulo, Remo e Khaleesi, um novo capítulo na biologia se abre, repleto de possibilidades, desafios e questões éticas.

Além disso, a reintrodução do lobo-terrível pode oferecer insights valiosos sobre a biodiversidade e como espécies extintas podem influenciar os ecossistemas modernos. Vídeos fofos dos filhotes estão sendo divulgados nas redes sociais e no canal oficial da empresa no YouTube, atraindo a atenção de entusiastas da ciência e do público em geral. Essa reanimação da espécie não apenas instiga a curiosidade sobre o passado, mas também levanta questões sobre o futuro da conservação animal em um mundo em rápida mudança.