Tecnologia

Cibercrime em alerta: Hackers vazam 300 mil fotos de brasileiros na Deep Web; descubra como se proteger

2024-11-09

Autor: Maria

Recentemente, um alarmante megavazamento de dados ocorreu na Deep Web, com 300 mil fotos de cidadãos brasileiros expostas, incluindo imagens que parecem ser de documentos pessoais. A unidade de cibersegurança da Solo Network ainda investiga a origem dessas imagens, mas advertiu que elas podem ser utilizadas em diversas fraudes, desde a criação de contas bancárias falsas até manobras sofisticadas como deepfakes.

Essas imagens podem ser adquiridas por meio da compra de créditos na Deep Web, que permitem o download das fotos em fóruns específicos. Segundo Felipe Guimarães, chefe da equipe de cibersegurança da Solo Iron, a distribuição gratuita dessas imagens aumenta a possibilidade de uso para fraudes financeiras, colocando em risco tanto indivíduos quanto empresas.

"As instituições financeiras precisam intensificar a segurança e o monitoramento nos próximos dias devido ao potencial de fraudes que podem ser geradas a partir dessas informações sensíveis", enfatizou Guimarães, também alertando o público para estarem atentos a qualquer comunicação suspeita de bancos, especialmente aquelas que solicitam confirmação de dados pessoais por e-mail ou telefone.

Para agravar a preocupação, o Brasil possui características únicas no cenário do cibercrime. Grupos locais têm acesso a um conjunto de ferramentas na dark web que tornam possível realizar fraudes com cartões de crédito e até via PIX, um sistema de pagamentos instantâneos.

O impacto desse vazamento é imenso, levantando questões sérias sobre a segurança dos dados dos brasileiros. Segundo informações, esses criminosos estão em contato com redes globais, utilizando ransomware e extorsão para atacar empresas brasileiras. O UOL tentou contato com a Polícia Civil do Espírito Santo, que, por sua vez, afirmou não ter encontrado indícios de vazamento em bancos de dados geridos pela corporação.

A complexidade na investigação do vazamento continua a gerar preocupações e exigências de medidas rigorosas por parte das autoridades. A ABRASECI (Associação Brasileira de Segurança Cibernética) reconheceu o megavazamento e informou que o rastreamento dos responsáveis é desafiador, exigindo técnicas aprofundadas e infiltrações em fóruns cibernéticos.

Caso seja descoberto que o vazamento se originou de bancos de dados oficiais, as instituições podem enfrentar penalidades conforme a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), que exige a proteção de informações pessoais. Kin, presidente da ABRASECI, alertou que uma investigação rigorosa é essencial para entender a extensão e a origem do comprometimento dos dados.

Em resposta a esse cenário preocupante, a população deve redobrar a atenção e evitar compartilhar informações com desconhecidos, mantendo dispositivos seguros com senhas robustas. Para empresas, a recomendação é implementar protocolos de segurança mais rigorosos, incluindo criptografia de dados e treinamentos contínuos para os funcionários identificarem acessos suspeitos.

As consequências para o vazamento de dados pessoais no Brasil são severas, podendo acarretar multas e prisão para os infratores. Além disso, a exposição dessas informações pode resultar em represálias e processos judiciais, destacando a necessidade urgente de medidas de proteção não apenas para instituições, mas também para cada cidadão.