Belo Horizonte chega neste domingo (15/10) a impressionantes 149 dias sem chuva. A última precipitação registrada na capital foi no dia 19 de abril deste ano, conforme informações do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Segundo as previsões, a umidade deve retornar a Minas Gerais de forma significativa apenas na segunda quinzena de outubro, quando a atual massa de ar quente que domina a região perderá força.

Importante ressaltar que a situação de seca tem causado sérios problemas em 138 cidades do semiárido de Minas Gerais, onde a falta de água tem impactado diretamente a vida dos habitantes, a agricultura e os recursos hídricos.

Para o início da próxima semana, há expectativa de chuvas fracas e isoladas no Sul de Minas Gerais, resultado de uma frente fria que se formou no Rio Grande do Sul e que avançará pelo litoral do Sudeste. Contudo, o meteorologista Ruibran dos Reis alerta que a força desse fenômeno não será suficiente para alcançar todo o estado e a frente perderá intensidade ao passar pelo Rio de Janeiro na terça-feira (17/10).

A boa notícia é que, entre os dias 20 e 21 deste mês, a possibilidade de chuvas isoladas começa a aumentar nas regiões Sul, Oeste e Central de Minas. Ruibran explicou que as chuvas podem ser desencadeadas pela convergência de umidade, efeitos de uma pressão atmosférica em queda no litoral de São Paulo. Apesar disso, a expectativa ainda é de que esses episódios sejam muito isolados.

Este período de seca é o maior registrado em Belo Horizonte desde 1961, quando a capital enfrentou 198 dias consecutivos sem chuva. A atual massa de ar seco deixou 613 municípios mineiros em alerta para o perigo de baixa umidade, que pode variar entre 20% e 30%. O índice é alarmante e bem abaixo do recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que sugere uma umidade relativa do ar acima de 60% para garantir a saúde humana.

Diante dessa situação crítica, a Defesa Civil de BH informou que, às 14h, as regionais Oeste e Pampulha apresentaram níveis de umidade de apenas 21%. As autoridades de saúde estão alertando a população sobre os cuidados necessários durante este período. Recomendações incluem aumentar a ingestão de água, evitar atividades físicas em áreas abertas e procurar atendimento médico em caso de sintomas como náuseas, febres e falta de ar.

Além disso, a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia atualizou suas orientações em face do aumento da poluição do ar causado por queimadas em várias regiões do Brasil. Grupos vulneráveis, como crianças, idosos e pessoas com doenças preexistentes, devem usar máscaras e evitar a exposição ao ar livre. Medidas simples como umidificar o ambiente e manter janelas fechadas também são eficazes para mitigar os efeitos nocivos da baixa umidade e poluentes.

Então, fique alerta, cuide da sua saúde e aguarde as tão esperadas chuvas, que prometem trazer esperança de dias melhores para Minas Gerais!