Choque de Gigantes: Senegal e Costa do Marfim Colapsam a 'Françafrique' e Expulsam Troops Estrangeiras
2025-01-01
Autor: Ana
O presidente do Senegal, Bassirou Diomaye Faye, deu um passo audacioso ao confirmar que o país pretende eliminar toda presença militar estrangeira até 2025. A medida, que já havia sido anunciada anteriormente com foco na retirada das tropas francesas, agora ganha um cronograma definitivo.
Em um discurso impactante, Faye instruiu seu ministro das Forças Armadas a desenvolver uma nova doutrina de cooperação em defesa, que resultará no término da presença militar estrangeira no Senegal. Essa decisão, anunciada em 31 de outubro, reflete um momento crucial na política africana, onde países começam a romper com anos de colonialismo e influências externas.
Paralelamente, o presidente da Costa do Marfim, Alassane Ouattara, também tomou uma decisão histórica ao anunciar a nacionalização de uma base militar francesa durante seu discurso de Ano Novo. A antiga base militar de Port-Bouët, que abrigava o 43º Batalhão de Infantaria de Fuzileiros Navais (BIMA), será transferida para as Forças Armadas da Costa do Marfim e rebatizada de 'Campo General do Corpo de Exército Ouattara Thomas d'Aquin' a partir de janeiro de 2025.
Essas ações marcam uma significativa diminuição da influência francesa na África Ocidental, onde Senegal e Costa do Marfim eram considerados bastiões do poder gaulês no continente. Em um desdobramento mais amplo, o Ministério das Relações Exteriores do Chade também anunciou a cessação da cooperação em defesa com a França, com seu ministro pedindo a retirada das tropas francesas do país.
O fim da presença militar francesa não é uma novidade no continente. Desde 2022, as tropas francesas já haviam sido forçadas a deixar o Mali, e em 2023, retiraram-se de Burkina Faso e Níger diante de pressões crescentes das novas autoridades nacionalistas. Esses eventos refletem uma nova onda de nacionalismo que está se espalhando pela África, com países exigindo mais autonomia e controle sobre suas próprias questões de segurança e defesa.
Diante desse cenário, muitos especialistas se perguntam: será este o início do colapso definitivo da ‘Françafrique’? Com a crescente insatisfação e os apelos por soberania, o jogo de poder na África ocidental está mudando, prometendo um futuro repleto de desafios e oportunidades.