Na madrugada desta quarta-feira, 30 de outubro de 2023, a China deu um passo monumental na exploração espacial ao enviar três astronautas rumo à estação espacial Tiangong, orbitando a Terra. A missão, chamada Shenzhou-19, teve como objetivo realizar 86 experimentos científicos, com foco especial na pesquisa sobre a utilização de tijolos feitos de solo lunar simulado para a criação de habitats humanos, um projeto que pode revolucionar a habitação espacial.

O lançamento ocorreu no Centro de Lançamentos de Satélites de Jiuquan, utilizando um foguete Longa Marcha 2F. Durante os próximos seis meses, os astronautas estarão envolvidos em uma série de experimentos que incluiriam ciências da vida em microgravidade, física em ambientes com baixa gravidade e o desenvolvimento de novos materiais que poderão ser usados em futuras missões interplanetárias.

Esses tijolos espaciais, que serão levados e expostos às condições do espaço nos próximos meses, serão fundamentais para verificar a viabilidade de se construir estruturas permanentes na Lua. Se os resultados da pesquisa forem promissores, a China planeja erigir uma estação de pesquisa lunar permanente até 2035, uma conquista ambiciosa que poderia reduzir a necessidade de importar materiais da Terra e impulsionar a exploração e colonização do nosso satélite natural.

Os astronautas da missão são figuras de destaque na comunidade espacial chinesa. Lin Xiqiang, vice-diretor da Agência Espacial Tripulada da China (CMSA), revelou que dois dos tripulantes, Song Lingdong e Wang Haoze, nasceram na década de 1990, marcando sua primeira experiência em voos espaciais.

Wang Haoze, de 34 anos, é a primeira engenheira espacial da China a realizar uma viagem ao espaço, fazendo dela a terceira mulher chinesa a alcançar essa façanha. Com um passado significativo na aviação e uma forte formação técnica, ela é vista como uma liderança emergente na exploração espacial.

Cai Yuzhe, 48 anos, que atuará como o líder da missão, é um veterano da exploração espacial. Ele foi piloto da Força Aérea e já visitou a estação espacial Tiangong durante a missão Shenzhou-14 em 2022, solidificando sua experiência em missões de longa duração. O terceiro membro da tripulação, Song Lingdong, traz outra camada de entusiasmo à equipe, representando a nova geração de astronautas que moldarão o futuro das missões espaciais da China.

Essas iniciativas não apenas sublinham o compromisso da China com a pesquisa espacial, mas também colocam o país como líder potencial em inovações que poderão um dia alimentar a colonização humana de outros planetas. Fique atento, pois o que vem por aí na corrida espacial pode mudar tudo que sabemos sobre nossa presença no universo!