A China manifestou sua "preocupação" em relação ao anúncio dos Estados Unidos de se retirarem novamente do Acordo de Paris, conforme declarado por um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores. Nesta terça-feira (21), Guo Jiakun ressaltou que a mudança climática é um desafio global que exige a colaboração de todos os países: "Nenhum país pode ignorar o problema ou solucioná-lo isoladamente."

O presidente americano, Donald Trump, assinou uma ordem executiva no início desta semana para formalizar a retirada, uma ação que já havia sido tomada durante seu primeiro mandato de 2017 a 2021. O Acordo de Paris, assinado em 2015, tem como objetivo principal a procura pela redução das emissões de gases de efeito estufa, que aceleram as mudanças climáticas.

Essa decisão é vista como um retrocesso significativo nos esforços globais para combater o aquecimento global, especialmente em um momento em que o planeta enfrenta uma intensificação de desastres naturais relacionados ao clima, como incêndios florestais, inundações e tempestades mais severas. De acordo com cientistas, a inação em relação aos compromissos ambientais pode levar a consequências devastadoras para o futuro da Terra.

Além disso, analistas expressam preocupação de que a saída dos EUA possa incentivar outros grandes emissores de gases, como a China e a Índia, a reavaliar seus próprios compromissos com a redução de emissões. Isso pode resultar em um efeito dominó que poderia minar ainda mais os esforços globais em um momento crítico.

A comunidade internacional está atenta a como essa decisão influenciará outras nações e reuniões climáticas futuras, como a COP28, que será um momento crucial para discutir ações preventivas em relação às mudanças climáticas.