Nação

CFM exige a proibição do PMMA em procedimentos estéticos

2025-01-22

Autor: Fernanda

O Conselho Federal de Medicina (CFM) está pressionando a Anvisa para proibir drasticamente o uso do polimetilmetacrilato, ou PMMA, como preenchedor em procedimentos estéticos no Brasil. Essa substância, que se popularizou nos últimos anos, tem gerado sérias complicações para pacientes, incluindo reações adversas severas e até mortes. O CFM caracterizou esta situação como uma verdadeira crise de saúde pública, alertando para o uso indiscriminado do PMMA por profissionais não médicos em tratamentos estéticos, colocando em risco a vida de muitas pessoas.

⚠️ O PMMA é um material plástico utilizado em diversos segmentos da medicina, mas sua aplicação estética levanta preocupações alarmantes. O uso de PMMA para preenchimento subcutâneo no Brasil requer o registro na Anvisa, pois é classificado como de risco elevado. Atualmente, sua utilização é permitida apenas em dois contextos restritos, ambos com a supervisão de profissionais capacitados: - Tratamento de lipodistrofia associada ao uso de medicações antirretrovirais em pacientes com HIV/AIDS. - Correção volumétrica facial e corporal em casos específicos.

No entanto, o CFM aponta que as regras estão sendo frequentemente desrespeitadas. Médicos deveriam ser os únicos a realizar procedimentos com PMMA, mas a realidade é que muitos tratamentos estão sendo conduzidos por não especialistas, visando a estética de forma irresponsável. Procedimentos com quantidade excessiva de PMMA, especialmente em glúteos, têm se tornado comuns e perigosos.

O CFM também destaca que, apesar de reconhecer as necessidades de tratamento para pacientes com HIV/AIDS, a tendência é que o uso do PMMA seja gradualmente substituído por alternativas mais seguras e eficazes, como o ácido polilático, a hidroxiapatita de cálcio e a lipoenxertia autóloga, que são considerados métodos padrão de tratamento em todo o mundo devido ao seu melhor perfil de segurança.

🔍 A Anvisa está ciente da solicitação do CFM e prometeu analisar cuidadosamente a situação. Enquanto isso, pacientes e profissionais de saúde devem ser cautelosos e bem informados sobre os riscos associados ao uso do PMMA, buscando sempre alternativas seguras e aprovadas.