
Certidão de Óbito de Zuzu Angel: Uma Retificação que Marca a Luta pela Verdade
2025-08-29
Autor: Ana
A Verdade sobre Zuzu Angel e Outros Mortos pela Ditadura
A luta pela justiça continua! Nesta quinta-feira (28), a Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos, ligada ao Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, entregou 21 certidões de óbito retificadas, incluindo a emblemática da estilista Zuzu Angel, uma figura icônica que se destacou ao vestir as maiores estrelas de Hollywood.
Zuzu, que se tornou uma das vozes mais corajosas contra a tortura, enfrentou a ditadura militar após a trágica morte de seu filho, Stuart Angel. Sua certidão agora reflete a realidade: as mortes não foram acidentais, mas ato de violência promovido pelo Estado.
Mudança Histórica e Atualizações Importantes
Esta retificação é fruto da Resolução nº 601, de 2024, do CNJ, que especifica que as mortes ocorridas durante a repressão devem ser reconhecidas como não naturais, violentas e atribuídas ao regime militar.
Além de Zuzu, outras vítimas, como Adriano Fonseca Filho e Raimundo Gonçalves de Figueiredo, também foram homenageadas com a entrega de suas certidões retificadas na Assembleia Legislativa de Minas Gerais.
Cerimônia com Sentimento e Reflexões
Durante a cerimônia, Iara de Figueiredo, filha de uma das vítimas, fez um emocionante relato sobre a perda de seu pai, que foi assassinato aos 33 anos. Sua emoção ressoou entre os presentes, simbolizando a dor ainda viva de tantas famílias.
A secretária-executiva do ministério, Janine Mello, enfatizou a importância desta ação: "Trata-se do reconhecimento da verdade histórica sobre a causa da morte dessas pessoas".
Reflexão sobre o Passado e Compromisso com o Futuro
A ministra dos Direitos Humanos, Macaé Evaristo, participou remotamente, trazendo à tona as feridas abertas que ainda marcam o Brasil, ressaltando a necessidade de reconhecer e enfrentar nosso passado. Ela afirmou: "É importante nomear o óbvio e o vivido para que isso não se repita".
O Ministério dos Direitos Humanos prevê a entrega de ainda 400 documentos até o final deste ano, aprofundando a busca pela verdade em uma história de dor e resistência.