
Cerca de 50 países em busca de negociações com os EUA após novas tarifas, revela Casa Branca
2025-04-06
Autor: João
Cerca de 50 países se dirigiram à Casa Branca para iniciar negociações comerciais, seguindo o anúncio de um novo pacote tarifário dos Estados Unidos. A declaração foi feita por Kevin Hassett, diretor do Conselho Econômico Nacional, em uma entrevista à ABC News.
Entenda a situação
Hassett destacou que os países estão em busca de diálogo porque "entendem que são os principais afetados pelas tarifas". Ele acredita que o impacto sobre os consumidores americanos será mínimo e negou que essas medidas estejam relacionadas a pressões sobre o Federal Reserve para diminuir os juros.
Na última quarta-feira, o presidente Donald Trump anunciou tarifas que podem chegar até 50% sobre produtos importados de diversos países. Segundo o governo, essas ações visam combater barreiras comerciais que dificultam as exportações americanas e contribuem para o crescente déficit comercial dos Estados Unidos.
Entrando na lista de países que já estão buscando diálogo com os EUA, Taiwan e Vietnã se destacam. O presidente de Taiwan, Lai Ching-te, propôs iniciar negociações com base em "tarifas zero", similar ao acordo existente entre os EUA, Canadá e México. Embora Taiwan tenha sido incluído nas novas tarifas (com uma taxa de 32%), seu crucial setor de semicondutores, responsável por uma grande fatia de suas exportações, foi poupado.
Lai Ching-te se comprometeu a não adotar medidas de retaliação e a manter os investimentos de empresas taiwanesas nos EUA, como a TSMC, que anunciou um investimento adicional de impressionantes US$ 100 bilhões. Além disso, o governo taiwanês planeja ampliar as compras de produtos agrícolas e industriais dos americanos.
Por outro lado, o Vietnã, que enfrentará uma tarifa de 46% a partir de 9 de abril, solicitou um prazo de pelo menos 45 dias para se adaptar. O líder vietnamita, To Lam, enviou uma carta a Trump pedindo um diálogo e expressou intenção de viajar a Washington no final de maio para discutir a situação.
O governo americano defende que, embora os efeitos a curto prazo possam ser adversos, os benefícios econômicos a longo prazo, como a reindustrialização e o aumento da arrecadação, compensarão essas dificuldades. Entretanto, representantes do varejo já alertaram sobre a possibilidade de aumento nos preços de bens essenciais, como roupas, alimentos e eletrônicos.
Enquanto isso, especialistas econômicos estão divididos sobre as possíveis consequências dessas tarifas. Não deixe de acompanhar os desdobramentos dessa situação que pode impactar a economia global nos próximos meses!