Em uma recente análise, Lu, CEO de uma empresa de recrutamento, compartilhou sua frustração ao revisar o currículo de um candidato da Geração Z elaborado com a ajuda de inteligência artificial. Entre as falhas evidentes, ela comentou sobre a falta de informações cruciais relacionadas à vaga e a presença de seções em branco, como "[experiência/habilidade relevante]", o que indicou uma revisão extremamente negligente.

Um dos erros mais chocantes foi a inclusão de uma mensagem da IA no topo do documento, que dizia: "Aqui está uma versão mais polida e articulada da sua carta de apresentação". Essa frase, aparentemente esquecida pelo candidato, deixou Lu perplexa. "Parece que ele simplesmente copiou e colou o texto sem fazer qualquer revisão", relatou.

Em um vídeo compartilhado em suas redes sociais, Lu ironizou a situação e alertou seus seguidores sobre a importância de uma revisão cuidadosa durante o processo seletivo. "É preciso usar a cabeça para se destacar", enfatizou. Essa situação provocou uma onda de comentários nas redes sociais, onde vários usuários relataram experiências semelhantes. Um deles contou que aplicou para uma vaga administrativa quando, na verdade, se tratava de uma posição na área de aviação. Outro candidato utilizou um modelo de IA do Google sem realizar as adaptações necessárias, deixando instruções genéricas no texto final.

De acordo com o New York Post, uma pesquisa da YouGov revelou que quase metade dos australianos estão familiarizados com plataformas de IA como o ChatGPT, mas são os mais jovens, especialmente da Geração Z, que mais utilizam essa tecnologia - com 40% afirmando já ter usado o ChatGPT para diversas tarefas.

A crescente dependência da inteligência artificial no mercado de trabalho levanta questões sobre a autenticidade e a qualidade das candidaturas. Enquanto algumas startups estão adotando essa tecnologia para otimizar processos, especialistas alertam que a inovação não pode substituir o toque humano e a personalidade que um currículo deve transmitir. Ainda assim, fica a pergunta: as máquinas podem realmente substituir a criatividade e a autenticidade humanas? Os candidatos da Geração Z estão prontos para se destacar ou serão apenas mais uma linha em um currículo gerado por IA?