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CEO é Sentenciado a 24 Anos de Prisão Após Caída em Golpe de Investimento Via WhatsApp nos EUA

2024-11-12

Autor: Maria

Um escândalo financeiro chocante estourou nos EUA, resultando na condenação de um executivo a 24 anos de prisão. O caso envolve um golpe conhecido como "abate de porcos", onde golpistas habilidosos enganaram o CEO de um banco, induzindo-o a transferir vastas quantias de dinheiro para contas de criptomoedas fraudulentas, prometendo lucros altos que nunca se materializaram.

O condenado, identificado como Hanes, iniciou suas interações fraudulentas em 2022 após se comunicar com os criminosos pelo WhatsApp. Ele foi um dos muitos que caíram na armadilha, desviando não apenas fundos da sua própria conta, mas também dos recursos de uma igreja local e de um clube de investimentos. O impacto do golpe foi devastador: ele também retirou as economias destinadas à faculdade de sua filha, comprometendo não só seu futuro, mas o de muitos associados ao clube.

Durante o julgamento, a promotoria apresentou provas irrefutáveis de que o executivo manipulou funcionários bancários para realizar transferências eletrônicas, burlando as normas institucionais. Um relatório do Gabinete do Inspetor Geral revelou que a posição privilegiada de Hanes no banco dificultou que os subordinados questionassem suas solicitações suspeitas: "Sua influência contribuiu para a hesitação dos funcionários em relatar atividades fraudulentas", disseram os investigadores.

O estrago financeiro causado por Hanes foi colossal, com o total de transferências ilegais atingindo a marca de impressionantes US$ 47 milhões (aproximadamente R$ 270 milhões). Detalhes perturbadores emergiram durante o julgamento, incluindo um pedido de empréstimo de US$ 12 milhões (R$ 70 milhões) a um vizinho, o que expôs ainda mais sua desesperada busca por fundos.

Na audiência de sentença, Brian Mitchell, um acionista e vizinho de Hanes, não conseguiu esconder sua revolta. "Suas ações foram nada menos que pura maldade", afirmou, ressaltando que muitos acionistas enfrentaram uma perda de 70% a 80% nas suas aposentadorias. O golpe teve efeitos danosos que se espalharam além dos acionistas, atingindo os membros do clube de investimentos local. Uma mulher, por exemplo, teve sua situação financeira severamente prejudicada, enfrentando dificuldades para custear o lar de idosos de sua mãe de 93 anos. Outros, além dela, tiveram que adiar a aposentadoria por causa das consequências do crime de Hanes.

A defesa argumentou que Hanes era, na verdade, uma vítima da fraude, e que sua vulnerabilidade foi explorada pelos golpistas. John Stang, advogado do executivo, afirmou: "Ele foi uma vítima que acabou se tornando um perpetrador. Seu arrependimento é genuíno, e ele lamenta profundamente pelos estragos causados".

Kate Brubacher, procuradora do Kansas, destacou a gravidade do delito. "A ganância de Hanes não conhecia limites. Ele não apenas transgrediu a lei, mas também quebrou a confiança em suas relações pessoais e profissionais", concluiu. Este caso levanta sérias questões sobre a segurança em transações digitais e a necessidade de maior conscientização sobre os golpes financeiros que proliferam na era da tecnologia.