Cenário Tenso na Mídia Americana

Donald Trump, o ex-presidente dos Estados Unidos, voltou a acirrar os ânimos ao criticar furiosamente a cobertura das redes NBC e ABC, chamando-as de "as piores e mais tendenciosas da história". Em uma provocativa postagem no Truth Social, Trump não hesitou em exigir que a FCC revogue suas licenças de transmissão, alegando que essas emissoras apenas veiculam "97% de histórias ruins" sobre sua administração.

"Se esse é o caso, elas são apenas um braço do Partido Democrata e, segundo muitos, deveriam ter suas licenças canceladas pela FCC. Sou totalmente a favor disso, pois elas representam uma ameaça real à nossa democracia", afirmou Trump em um tom desafiador.

Conflitos Jurídicos e Relações Tensas com a Imprensa

Essas declarações se desenrolam em meio a uma série de batalhas legais que Trump mantém com grandes conglomerados de mídia. Recentemente, o ex-presidente selou um acordo de US$ 16 milhões contra a CBS News antes da fusão entre a Paramount Global e a Skydance Media, além de um outro de US$ 15 milhões com a ABC, devido a um processo de difamação.

Brendan Carr, presidente da FCC e membro do Partido Republicano, já iniciou investigações sobre os programas de diversidade da Comcast, controladora da NBCUniversal, além de examinar a relação da NBC com suas afiliadas locais. A ABC, por sua vez, é uma propriedade da Disney.

Um Histórico de Ataques e a Realidade das Pesquisas

Essa não é a primeira vez que Trump ameaça a status da NBC. Em 2017, ele já havia questionado a legalidade da emissora após ela noticiar que ele teria solicitado um aumento no arsenal nuclear americano, uma afirmação que ele prontamente negou.

Contrariando seu discurso combativo, pesquisas recentes indicam que a popularidade de Trump está em queda. Um estudo do The Economist/YouGov, realizado entre 15 e 18 de agosto, revelou que 56% dos entrevistados desaprovam a maneira como ele conduz sua presidência, enquanto apenas 40% expressaram aprovação. A pesquisa incluiu 1.568 participantes e possui uma margem de erro de 3,5 pontos percentuais.