Nação

CENÁRIO DE TERROR: Clínica em MG interdita após expor 60 pacientes a condições desumanas!

2024-09-18

Autor: João

Uma clínica clandestina de reabilitação em Taiobeiras, no Norte de Minas Gerais, foi interditada na terça-feira (17/9) pela Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) após serem reveladas condições degradantes em que 60 internos viviam. Entre os internos, havia dependentes químicos e pessoas com deficiências físicas e mentais, alguns dos quais apresentaram sinais de agressões físicas.

A operação que resultou na interdição envolveu a captura de sete indivíduos, com idades entre 34 e 48 anos, incluindo os proprietários e funcionários do local. As investigações contaram com a colaboração da Polícia Militar, Corpo de Bombeiros e órgãos de Vigilância Sanitária, após denúncias anônimas sobre maus-tratos no estabelecimento localizado em uma área rural da comunidade Lagoa Grande.

Ao chegarem, os policiais enfrentaram resistência para acessar as instalações, o que os levou a escalar um muro com arame farpado. Ao entrarem, encontraram os internos vivendo em condições precárias, passando fome e sendo mantidos sob ameaças para não se comunicarem com suas famílias.

Conforme a Polícia Civil, as famílias dos internos pagavam valores entre R$ 1,2 mil e R$ 1,4 mil a cada mês pelas internações, e caso houvesse uma quebra de contrato, a multa era de R$ 3 mil. Um dos relatos mais chocantes veio de um interno que afirmou ter sido agredido logo no seu primeiro dia de internação, resultando em hematomas e dores que o levaram a se manter em silêncio quanto ao abuso por 20 dias, para não alarmar seus parentes.

A situação na clínica era ainda mais alarmante, com internos sendo mantidos em um espaço chamado de "quarto do pensamento", onde eram isolados. Das mulheres que estavam internadas, relatos indicaram que também eram submetidas a agressões, dopadas com medicamentos e forçadas a sofrer maus-tratos diários. As punições incluíam tapas, chutes, socos e pauladas para aqueles que tentavam escapar.

Após as prisões, os envolvidos foram encaminhados ao sistema prisional e devem enfrentar acusações de maus-tratos e cárcere privado. Outros órgãos municipais ficaram responsáveis pelos internos até que eles pudessem ser reunidos com suas famílias.

Este caso levanta questões sérias sobre a regulamentação e fiscalização das clínicas de reabilitação em Minas Gerais e destaca a urgente necessidade de proteção aos mais vulneráveis na sociedade.