Saúde

Cegueira Silenciosa: Doenças Oculares Que Podem Ser Evitadas!

2024-09-30

Cegueira Silenciosa: Doenças Oculares Que Podem Ser Evitadas!

O edema macular diabético (EMD) é uma condição alarmante que se desenvolve a partir da retinopatia diabética, provocada pela elevação dos níveis de açúcar no sangue, resultando em danos aos vasos sanguíneos nos olhos. Essa condição pode resultar em perda de visão e, em casos extremos, cegueira. Atualmente, no mundo, cerca de 146 milhões de pessoas vivem com retinopatia diabética, enquanto aproximadamente 27 milhões sofrem com o EMD.

Um estudo recente realizado pelo Ipec, sob encomenda da farmacêutica Bayer, explorou a percepção da população brasileira sobre doenças na retina, diabetes e outras condições crônicas, além de abordar a perspectiva dos médicos quanto ao tratamento dessas enfermidades.

Os dados da pesquisa revelaram alguns fatos preocupantes: - **67% dos pacientes entrevistados nunca ouviram falar da degeneração macular relacionada à idade (DMRI)**. - **Apenas 8% acreditam que a idade avançada é a principal causa de cegueira**, ignorando outras condições tratáveis. - Embora **60% reconheçam que o diabetes descontrolado é um grande fator de risco para cegueira**, **78% desconhecem a existência da retinopatia diabética**, a responsável pelo EMD. - **75% dos entrevistados que possuem diabetes acreditam que a falta de controle da doença é a causa da cegueira.**

Muitas pessoas com diabetes chegam ao consultório apresentando confusões sobre os sintomas. Uma oftalmologista especializada em retina, Tereza Kanadani, relata que muitos dos seus pacientes não compreendem a gravidade das consequências oculares da diabetes, acreditando que a deterioração da visão se deve apenas ao uso de óculos ou ao envelhecimento.

Entre os pacientes diabéticos, **46% nunca ouviram falar sobre retinopatia diabética**, o que destaca a falta de informação desta comunidade vulnerável. A médica sublinha que a **falta de conhecimento pode levar a diagnósticos tardios, aumentando assim a necessidade de intervenções e o risco de perda de visão**.

O Que Fazer? Tratamentos Disponíveis e Acesso

Atualmente, os tratamentos para as diversas doenças da retina, incluindo EMD e DMRI, incluem terapia com laser, implantes de corticoides e os modernos medicamentos anti-VEGF. Esses últimos são injeções intraoculares administradas periodicamente, podendo ser mensais ou com intervalos que podem chegar até 6 meses, dependendo da resposta do paciente.

Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) sugerem que **tratamentos menos frequentes podem aumentar a adesão dos pacientes** ao tratamento, e entre aqueles entrevistados, mais de 40% se sentiram motivados a continuar o tratamento quando houve aumento de intervalo entre as aplicações.

A oftalmologista menciona que **pacientes diabéticos muitas vezes precisam gerenciar múltiplas consultas, o que pode ser um fardo**, e que tratamentos que reduzam a frequência de atendimentos oftalmológicos são especialmente benéficos.

Uma descoberta alarmante é que **65% dos oftalmologistas percebem que pacientes com doenças da retina abandonam o tratamento quando percebem alguma melhora**, o que pode ser perigoso. Vários fatores influenciam a adesão ao tratamento, incluindo distância para o deslocamento, medo do procedimento, e efeitos colaterais.

Inovações e Conscientização

Além disso, em abril deste ano, a Anvisa aprovou uma nova versão do medicamento aflibercepte, aumentando a dosagem de 2 mg para 8 mg, permitindo um intervalo de até 20 semanas entre as aplicações. Essa inovação representa uma esperança para os pacientes que convivem com EMD e DMRI no SUS. Durante o Congresso Euretina na Espanha, também foram discutidas novas opções de tratamento, como a terapia gênica, que pode revolucionar o manejo dessas condições.

O aumento da conscientização sobre as doenças oculares é crucial para que mais pessoas busquem diagnóstico e tratamento, a fim de prevenir a cegueira. Fique atento, cuide dos seus olhos e da sua saúde!