O estado de abandono do conjunto habitacional Paulo Lúcio Nogueira, conhecido como CDHU, localizado na zona sul de Marília, chama a atenção não apenas pela situação precária dos imóveis, mas também pelo alarmante risco à saúde pública que isso representa, além do rombo milionário que o problema causa à prefeitura e ao Estado.

Os prédios foram interditados devido a riscos de desabamento e, atualmente, encontram-se vazios e repletos de saques e danos, tornando-se verdadeiros centros de entulho e mato, o que pode propiciar a proliferação de doenças. Os ambientes insalubres e abandonados também atraem a presença de animais peçonhentos, aumentando ainda mais as preocupações com a saúde da população.

Recentemente, a Secretaria da Saúde realizou uma vistoria no local, liderada pela secretária Paloma Libanio e sua equipe técnica. A inspeção teve como objetivo identificar áreas de risco, que variam desde a proliferação do mosquito da dengue até a identificação de abrigos para animais que podem representar riscos à saúde.

Infelizmente, os 880 apartamentos do CDHU estão em situações alarmantes; muitos não possuem portas, a vedação de encanamentos está comprometida e os telhados estão sem cobertura em diversos blocos. Além disso, o mato se acumula em volta, evidenciando a falta de manutenção adequada.

Embora a vistoria tenha revelado a gravidade da situação, até o momento, não foram anunciadas medidas concretas para resolver o problema no local. Contudo, a cidade já se encontra em um esforço de mutirão para limpeza, controle da dengue e combate ao mosquito Aedes aegypti, ações que se tornam ainda mais urgentes diante da situação crítica do CDHU.

A realidade do CDHU é um alerta sobre a necessidade de atenção imediata para prevenir uma crise de saúde pública, tornando evidente que o problema é muito mais profundo do que uma simples questão habitacional. Até quando a população de Marília terá que conviver com essa situação?