A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) tomou uma drástica decisão após o polêmico jogo entre Internacional e Cruzeiro, ocorrida no último domingo (6) no Beira-Rio, em Porto Alegre, pela segunda rodada do Campeonato Brasileiro. Os árbitros Marcelo de Lima Henrique e Daiane Muniz, que atuaram no jogo, foram afastados imediatamente.

Esse afastamento se deu em resposta à controversa expulsão do zagueiro Jonathan Jesus, do Cruzeiro, logo aos 20 minutos do primeiro tempo, em uma jogada onde o árbitro interpretou que o jogador cometeu falta em Wesley Ribeiro, resultando na expulsão e na consequente derrota do Cruzeiro por 3 a 0.

Em um comunicado, a CBF esclareceu que essa decisão foi baseada nas conclusões do Comitê Consultivo de Especialistas Internacionais (CCEI), que apontou equívocos significativos na arbitragem do jogo. A comissão enfatizou que o objetivo é proporcionar novo treinamento aos árbitros, visando evitar recorrências de erros nas próximas partidas.

Rodrigo Cintra, presidente da Comissão de Arbitragem da CBF, declarou: "O afastamento não é uma punição sem propósito, mas sim uma medida para instruir e ajudar os árbitros a evitar novos equívocos, colocando o VAR e o árbitro de campo em sintonia".

A reação do Cruzeiro foi fervorosa. Alexandre Mattos, CEO do clube, não poupou críticas ao árbitro nas redes sociais, chamando o cartão vermelho de 'assalto à mão armada'. O proprietário da Sociedade Anônima de Futebol (SAF) do Cruzeiro, Pedro Lourenço, chamou a expulsão de 'absurdo' e se manifestou em coletiva após o jogo, expressando sua indignação.

Vale reforçar que o Cruzeiro e seus dirigentes estão compreensivelmente insatisfeitos com a atuação da arbitragem, que novamente trouxe à tona a discussão sobre a efetividade do VAR e a necessidade de uma revisão mais profunda das regras e dos procedimentos de arbitragem no futebol brasileiro.

O distúrbio em torno da arbitragem não é um fenômeno novo, e questões similares já foram levantadas em outras partidas, o que gerou um clamor por mudanças estruturais. O que será que vem por aí?