Em um movimento significativo, autoridades do Catar informaram aos líderes políticos do Hamas que não são mais bem-vindos no país, de acordo com o New York Times, que citou fontes israelenses e americanas. Essa decisão vem em um momento crítico, devido ao impasse nas negociações para um cessar-fogo em Gaza.

Uma autoridade do Hamas negou ter recebido qualquer notificação oficial sobre a saída de Doha. "Não temos nada a confirmar ou negar em relação ao que foi publicado e não recebemos nenhum pedido para deixar o Catar", disse um representante do grupo à agência France Presse.

A decisão do Catar é vista como uma tentativa de pressionar tanto o Hamas quanto Israel a chegarem a um acordo que inclua a libertação de 101 reféns atualmente detidos em Gaza, muitos dos quais se acredita que estejam mortos. Contudo, não está claro se o Catar agirá imediatamente para executar esta expulsão, caso seja confirmada, ou quanto tempo essa medida duraria.

Fatos alarmantes sobre a guerra em Gaza indicam que quase 70% das vítimas são mulheres e crianças, conforme relatórios da ONU. A situação se torna ainda mais apreensiva, com o Irã alertando que a guerra pode se espalhar para além do Oriente Médio.

No passado, em abril, o Catar já havia enviado mensagem similar aos representantes do Hamas, sugerindo que eles se mudassem para a Turquia. Entretanto, após duas semanas de pressão de Washington e Tel Aviv, houve um retrocesso nessa proposta para não interromper as negociações.

Recentemente, o Ministério das Relações Exteriores do Catar anunciou que retomarão as mediações apenas quando ambas as partes demonstrarem comprometimento e seriedade em acabar com o conflito brutal em Gaza. O Catar, juntamente com o Egito, tem sido um facilitador chave nas negociações do conflito que já dura mais de um ano.

A decisão de suspender a mediação foi confirmada após um comunicado que enfatizou a falta de compromisso de ambas as partes em manter diálogos construtivos. Uma fonte diplomática disse que o Catar decidiu se afastar das negociações porque o Hamas e Israel se mostraram relutantes em progredir de forma construtiva.

A situação humanitária em Gaza se deteriora rapidamente, com instituições como a UNICEF alertando que a população do norte da região corre risco iminente de morte. O futuro do processo de paz na região permanece incerto.